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#103: Falta gestão hídrica para reduzir impacto das chuvas no Rio Grande do Sul
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O Programa Ambiente é o Meio desta semana entrevista o engenheiro agrônomo e ecologista Arno Kayser, que desempenha o papel de fiscal ambiental na Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam) e é membro do Movimento Roessler, organização ecológica localizada em Nova Hamburgo, no Rio Grande do Sul. A conversa aborda as tragédias climáticas que afetaram o Rio Grande do Sul e a gestão de recursos hídricos na região.
Kayser iniciou seu trabalho na área na década de 1980 e também desempenhou papel importante no processo de criação do Comitesinos, que foi o primeiro comitê de bacia de um rio estadual no Brasil. O ecologista também participou da elaboração da legislação que rege o sistema de recursos hídricos do Rio Grande do Sul, que serviu de modelo para a lei nacional de 1997.
Apesar de pioneiro na criação de comitês para a gestão de recursos hídricos, afirma Kayser, o Rio Grande do Sul não progrediu nos cuidados com as bacias hidrográficas por questões políticas e mudanças governamentais. Estados como São Paulo e membros da bacia hidrográfica do Rio São Francisco, avalia, estão mais avançados atualmente, pois “ainda que existam 25 comitês no Estado gaúcho eles funcionam de forma semelhante a ONGs”.
A gestão de águas no Estado gaúcho enfrentou grandes desafios nos últimos meses, com o clima alternando extremamente entre período de estiagem e enchentes. Fato que se deve às mudanças climáticas e o El Niño, afirma Kayser, com ciclones e chuvas intensas atingindo a região desde junho em volumes historicamente novos.
Para o ecologista, a falta de uma política eficaz de gestão hídrica, incluindo a ausência de cobrança pelo uso da água, contribui para a situação, além do clima. O mau uso do solo, esclarece, como o crescimento desordenado e a ocupação urbana inadequada, geralmente por pessoas de baixa renda e em locais de risco, como várzeas, agrava os impactos, o que pede “planejamento integrado entre os municípios e comitês de bacia como ferramenta para abordar esses problemas”, enfatiza.
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Kayser iniciou seu trabalho na área na década de 1980 e também desempenhou papel importante no processo de criação do Comitesinos, que foi o primeiro comitê de bacia de um rio estadual no Brasil. O ecologista também participou da elaboração da legislação que rege o sistema de recursos hídricos do Rio Grande do Sul, que serviu de modelo para a lei nacional de 1997.
Apesar de pioneiro na criação de comitês para a gestão de recursos hídricos, afirma Kayser, o Rio Grande do Sul não progrediu nos cuidados com as bacias hidrográficas por questões políticas e mudanças governamentais. Estados como São Paulo e membros da bacia hidrográfica do Rio São Francisco, avalia, estão mais avançados atualmente, pois “ainda que existam 25 comitês no Estado gaúcho eles funcionam de forma semelhante a ONGs”.
A gestão de águas no Estado gaúcho enfrentou grandes desafios nos últimos meses, com o clima alternando extremamente entre período de estiagem e enchentes. Fato que se deve às mudanças climáticas e o El Niño, afirma Kayser, com ciclones e chuvas intensas atingindo a região desde junho em volumes historicamente novos.
Para o ecologista, a falta de uma política eficaz de gestão hídrica, incluindo a ausência de cobrança pelo uso da água, contribui para a situação, além do clima. O mau uso do solo, esclarece, como o crescimento desordenado e a ocupação urbana inadequada, geralmente por pessoas de baixa renda e em locais de risco, como várzeas, agrava os impactos, o que pede “planejamento integrado entre os municípios e comitês de bacia como ferramenta para abordar esses problemas”, enfatiza.
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