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Advances in Care
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1 Advancing Cardiology and Heart Surgery Through a History of Collaboration 20:13
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On this episode of Advances in Care , host Erin Welsh and Dr. Craig Smith, Chair of the Department of Surgery and Surgeon-in-Chief at NewYork-Presbyterian and Columbia discuss the highlights of Dr. Smith’s 40+ year career as a cardiac surgeon and how the culture of Columbia has been a catalyst for innovation in cardiac care. Dr. Smith describes the excitement of helping to pioneer the institution’s heart transplant program in the 1980s, when it was just one of only three hospitals in the country practicing heart transplantation. Dr. Smith also explains how a unique collaboration with Columbia’s cardiology team led to the first of several groundbreaking trials, called PARTNER (Placement of AoRTic TraNscatheteR Valve), which paved the way for a monumental treatment for aortic stenosis — the most common heart valve disease that is lethal if left untreated. During the trial, Dr. Smith worked closely with Dr. Martin B. Leon, Professor of Medicine at Columbia University Irving Medical Center and Chief Innovation Officer and the Director of the Cardiovascular Data Science Center for the Division of Cardiology. Their findings elevated TAVR, or transcatheter aortic valve replacement, to eventually become the gold-standard for aortic stenosis patients at all levels of illness severity and surgical risk. Today, an experienced team of specialists at Columbia treat TAVR patients with a combination of advancements including advanced replacement valve materials, three-dimensional and ECG imaging, and a personalized approach to cardiac care. Finally, Dr. Smith shares his thoughts on new frontiers of cardiac surgery, like the challenge of repairing the mitral and tricuspid valves, and the promising application of robotic surgery for complex, high-risk operations. He reflects on life after he retires from operating, and shares his observations of how NewYork-Presbyterian and Columbia have evolved in the decades since he began his residency. For more information visit nyp.org/Advances…
Economia do Futuro
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Para evitar um desastre climático, precisamos mudar a forma como produzimos e consumimos quase tudo. Mas a boa notícia é que uma nova economia já começou a ser criada. Esse podcast é para quem quer conhecer as tecnologias, as empresas, as políticas públicas e as pessoas envolvidas na construção da economia do futuro. Aqui você aprende sobre mercados de carbono, energias renováveis e o papel do Brasil nesse novo mundo - sem catastrofismo e sem greenwashing. Conduzido de forma crítica - mas otimista - pela jornalista Melina Costa, baseada em Berlim.
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Para evitar um desastre climático, precisamos mudar a forma como produzimos e consumimos quase tudo. Mas a boa notícia é que uma nova economia já começou a ser criada. Esse podcast é para quem quer conhecer as tecnologias, as empresas, as políticas públicas e as pessoas envolvidas na construção da economia do futuro. Aqui você aprende sobre mercados de carbono, energias renováveis e o papel do Brasil nesse novo mundo - sem catastrofismo e sem greenwashing. Conduzido de forma crítica - mas otimista - pela jornalista Melina Costa, baseada em Berlim.
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1 Prepara-COP no Brasil e virada ideológica nos países ricos: uma conversa com o Reset 27:07
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Essa é a minha conversa mensal com o Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset . Aqui a gente traz para você a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Nesse episódio, falamos sobre: as expectativas e os preparativos para a COP 30 no Brasil, as diárias de 15 mil dólares em Belém, o desmonte de políticas climáticas promovido por Trump nos Estados Unidos, as eleições na Alemanha e uma mudança ideológica no mundo rico: infelizmente, o clima saiu da pauta. *Para apoiar este podcast, clique abaixo em "support the show". **Para uma cobertura diária sobre negócios sustentáveis, leia o Reset . ***Para entrar em contato: podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 O novo clima na Europa e seu impacto para o Brasil: CBAM, EUDR, CSDDD 31:39
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O ano começou com uma constatação clara: o clima deixou de ser prioridade política em muitos países desenvolvidos. As medidas mais recentes tomadas por Trump nos EUA são o caso mais contundente. Mas não foi só por lá. Na Europa, o avanço da direita no Parlamento Europeu e em países-membros trouxe uma agenda mais conservadora, centrada em temas como migração, defesa e crescimento econômico. Mas o que isso significa exatamente para o Brasil, que deve estreitar suas relações com o bloco depois de um acordo entre a União Europeia e o Mercosul? Nesse episódio, eu converso com o advogado Bruno Galvão, que está em Berlim e acompanha esses movimentos de perto. Por um lado, há, sim, pedidos de suavização de regulamentos socioambientais ambiciosos já aprovadas no bloco. A gente viu isso no fim do ano passado, quando o Parlamento Europeu quase mudou as regras do regulamento anti-desmatamento, ou, na sigla em inglês, EUDR. Por outro lado, é difícil imaginar um cenário de destruição do que foi feito até agora. E tem bastante coisa feita até agora. Neste episódio, focamos nas medidas que afetam o Brasil de forma mais direta. É uma atualização sobre o regulamento anti-desmatamento, o mecanismo de ajuste de fronteira e as regras de governança e reporte para empresas. Support the show…
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1 COP 29: negociações conturbadas, resultados fracos 35:00
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A COP 29 chegou ao fim, e seu maior êxito foi evitar o total fracasso das negociações. Após muito drama e uma plenária que se estendeu pela madrugada, os países ricos se comprometeram a alcançar a meta de US$ 300 bilhões por ano até 2035 para apoiar os países em desenvolvimento na redução de emissões e na mitigação da crise climática. Embora o valor seja maior que a meta atual de US$ 100 bilhões, ainda está muito aquém do necessário, estimado em mais de um trilhão de dólares. Um avanço positivo foi o desfecho das negociações políticas em torno do mercado global de carbono. O mecanismo, proposto pelo Acordo de Paris há quase 10 anos, estava travado até agora. **Siga a cobertura do Reset em capitalreset.com/cop *** Para saber mais sobre as iniciativas do Itaú em ESG, acesse: itau.com.br/sustentabilidade Support the show…
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1 COP 29: mais ruído que progresso, até agora 28:22
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A primeira semana da COP 29 foi marcada por mais ruído do que ação. Houve comentários nada diplomáticos do presidente do Azerbaijão e a saída dramática da delegação argentina das negociações. No tema mais importante, houve pouco avanço: os países ainda estão longe de chegar a um plano para financiar a mitigação da crise climática em países em desenvolvimento, com custos estimados em centenas de bilhões de dólares. Neste episódio, Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, fala do climão na COP, ainda muito influenciado pela eleição de Trump nos Estados Unidos. E tem mais: a nova NDC brasileira e o avanço do mercado global de carbono em Baku. Em Brasília, a aprovação do mercado regulado de carbono pelo Senado e, em Bruxelas, mais um capítulo do regulamento antidesmatamento. Reportagem citada neste episódio, detalhando a NDC brasileira: https://capitalreset.uol.com.br/clima/cop/por-que-o-plano-de-descarbonizacao-do-brasil-vai-muito-alem-da-cop/ **Para acompanhar o avanço das negociações da COP, siga a cobertura do Reset em capitalreset.com/cop *** E para saber mais sobre as inicitaivas do Itaú em ESG, acesse: itau.com.br/sustentabilidade Support the show…
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Hoje é o primeiro dia da COP29, que começa sob o impacto da eleição de Trump para a presidência dos Estados Unidos e dos rumores de que o país pode, novamente, deixar o Acordo de Paris. Autoridades de outros países importantes para as negociações já avisaram que não estarão presentes, entre eles o chanceler alemão Olaf Scholz, que enfrenta o súbito colapso de seu governo. Apesar das nuvens pesadas que pairam sobre Baku, no Azerbaijão, o tema da conferência não poderia ser mais relevante: o financiamento de centenas de bilhões de dólares anuais para mitigar os efeitos da crise climática em países em desenvolvimento. O Brasil chega a essa COP com queda no desmatamento e novas metas de redução de emissões para mostrar. Os resultados desta conferência serão particularmente importantes para o Brasil, que sai sediar a COP do ano que vem, em Belém. * Acompanhe diariamente a cobertura da COP29 pelo Reset: capitalreset.uol.com.br/cop ** Para saber mais sobre as iniciativas de sustentabilidade da Vivo, apoiadora deste podcast, acesse: vivosustentavel.com.br *** E para entrar em contato comigo escreva para: podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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A COP 16, a décima sexta Conferência da Biodiversidade da ONU, terminou em uma espécie de limbo. As negociações, que se estenderam madrugada adentro na sexta-feira, foram suspensas pela presidente da COP e ministra da sustentabilidade da Colômbia, Susana Muhamad, na manhã do último sábado. Como resultado, não há um texto final, e os países permanecem distantes de um acordo — especialmente no que se refere aos US$ 200 bilhões necessários para cumprir as metas estabelecidas pelo Marco Global da Biodiversidade, definido na COP anterior. Neste episódio, eu converso com Ilana Cardial, repórter do Reset, que passou as últimas duas semanas acompanhando as negociações de perto em Cali, na Colômbia. * Para entrar em contato, meu email é podcast@economiadofuturo.com ** Veja a cobertura do Reset soBre a COP 16 aqui: www.capitalreset.com Support the show…
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Olá, eu estou passando aqui no seu feed hoje, quinta-feira, o dia em que você normalmente encontraria um episódio novo, para avisar que o ritmo de publicações no Economia do Futuro está mudando temporariamente. Vai começar a cobertura especial das COPs, as Conferências das Nações Unidas, que eu faço, como sempre, em parceria com o Reset. Na segunda-feira, dia 4 de novembro, você encontrará aqui um episódio com a Ilana Cardeal, repórter do Reset, analisando os resultados da COP 16, da Biodiversidade, direto de Cali, na Colômbia. E na segunda- feira seguinte, dia 11, começa a cobertura da COP 29, a Conferência Clima. O Sérgio Teixeira, que você já conhece, estará em Baku, no Azerbaijão. Ele vai entrar no seu feed algumas vezes, normalmente às segundas, até o fim da conferência. Então é isso, fica de olho no seu feed que a agenda internacional do clima esquenta bastante agora no fim do ano. Essas conferências da ONU são decisivas para definir as ambições humanas para reagir às mudanças climáticas. Até lá! Support the show…
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1 COP da Biodiversidade, comércio ilegal de madeira no Brasil e os bastidores da lei anti-desmatamento: uma conversa com o Reset 24:20
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Esta é a minha conversa mensal com o Reset. Aqui, trazemos para você a análise das principais notícias sobre o clima no Brasil e no mundo. Neste episódio, falamos sobre: a expectativa para a COP da biodiversidade em Cali, na Colômbia; o crescimento da extração ilegal de madeira no Brasil e como isso impacta o comércio legal da commodity; o fim da era do carvão na terra da Revolução Industrial; e o adiamento da lei anti-desmatamento na Europa. Leia o Reset: capitalreset.uol.com.br Support the show…
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1 Quem paga pelo serviço das florestas tropicais? O novo mecanismo financeiro proposto pelo Brasil 35:43
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Este episódio tem o patrocínio da Vivo. Acesse: vivosustentavel.com.br -- As florestas tropicais prestam vários serviços à humanidade: elas absorvem e armazenam quantidades enormes de carbono e impedem um aumento ainda maior das temperaturas do planeta. Elas regulam o ciclo da água, liberando vapor que alimenta rios e lençóis freáticos. Além disso, mantêm a biodiversidade de plantas, animais e microorganismos. Enfim, são serviços dos quais todos se beneficiam, mas pelos quais poucos pagam. Não é de hoje que se buscam mecanismos econômicos para compensar países que mantêm florestas, e alguns deles estão em vigor. Mas, apesar desses esforços, o desmatamento ainda é uma realidade. Recentemente, o governo brasileiro apresentou à comunidade internacional uma nova ideia, batizada de Tropical Forests Forever Facility . Em linhas gerais, esse fundo tomaria emprestado recursos de governos de países ricos, organismos multilaterais e investidores institucionais a uma taxa de juro relativamente baixa e investiria em um portfólio de retorno mais alto. O rendimento excedente seria destinado a países que hospedam florestas tropicais. Neste episódio, eu converso com Tasso Azevedo, uma das vozes brasileiras mais respeitadas quando o assunto é floresta. Tasso foi diretor do Serviço Florestal Brasileiro e conselheiro no Ministério do Meio Ambiente, na época em que o Brasil reduziu drasticamente o desmatamento e contribuiu, como nunca um país havia feito, para a redução de emissões de gases do efeito estufa. Tasso foi um dos idealizadores do Fundo Amazônia. Mais recentemente, ele e colegas do Instituto Igarapé e da BVRio sugeriram, por meio da iniciativa Amazônia 2030, a ideia de outro mecanismo inovador para preservar florestas. Parte da ideia de Tasso está refletida na atual proposta do governo brasileiro, que está sendo apresentada a países e investidores, mas também há algumas diferenças cruciais. Nesta conversa, Tasso fala sobre os prós e contras dessas propostas e, de forma mais geral, sobre a difícil tarefa de criar incentivos que funcionem em grande escala para pagar pelos serviços das florestas. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para contribuir para uma conversa mais construtiva sobre o clima, encaminhe esse podcast para alguém. Para entrar em contato, escreva para: podcast@economiadofuturo.com -- Veja a proposta completa do Tasso Azevedo e seus colegas para um mecanismo de financiamento das florestas tropicais aqui . Support the show…
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Economia do Futuro
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1 Fogo no Brasil, crise na Volkswagen, agenda climática quente e regulamento anti-desmatamento: uma conversa com o Reset 26:38
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Essa é a minha conversa mensal com Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset. Juntos a gente traz a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio, falamos sobre: a seca, o fogo e as emissões recorde de gases do efeito estufa no Brasil; as dificuldades da Volkswagen para fazer a transição de carros a combustão para elétricos; os pontos mais importantes da agenda climática internacional que esquenta agora no fim do ano e a pressão conta o regulamento anti-desmatamento na Europa. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Se você quiser contribuir para uma conversa mais construtiva sobre o clima, envie esse episódio para alguém. Para entrar em contato, escreva para podcast@economiadofuturo.com Leia o Reset, notícias diárias sobre negócios sustentáveis: www.capitalreset.com Support the show…
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Em 2015, líderes de mais de 190 países se comprometeram a se esforçar para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Esse foi o Acordo de Paris, que tem guiado as políticas de descarbonização de nações e empresas desde então. Hoje, para muitos cientistas do clima, essa meta já não é mais realista. Mas o Brasil, como anfitrião da COP30 – a Conferência do Clima das Nações Unidas no próximo ano – é um dos líderes da iniciativa "Missão 1,5°C" para manter a meta viva. A pergunta agora é: como? Se quiser cobrar uma participação agressiva do mundo, o Brasil precisará liderar pelo exemplo. Espera-se que o país apresente ainda neste ano uma nova NDC - Contribuição Nacionalmente Determinada – detalhando metas e ações para reduzir suas próprias emissões. Para dezenas de ONGs brasileiras, lideradas pelo Observatório do Clima, essa NDC deveria se comprometer a praticamente zerar as emissões até 2035. Esse é um objetivo extremamente ambicioso – mas, segundo especialistas, necessário para manter o 1,5°C viável. Neste episódio, converso com David Tsai, coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, e Renata Potenza, especialista em políticas climáticas do Imaflora. Mais interessante do que a meta em si, é a contribuição deste grupo para detalhar o que precisa ser feito em cada setor da economia. Isso dá uma boa ideia do tamanho do desafio temos pela frente. --- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para contribuir com uma conversa mais construtiva sobre o clima, recomende esse podcast para alguém. Se quiser entrar em contato, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 Kamala e o clima, boom de painéis solares na Alemanha, fundo de proteção para florestas tropicais: uma conversa com o Reset 30:51
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Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, e Melina Costa, do Economia do Futuro, trazem a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio, eles falam sobre: as mudanças climáticas e Kamala Harris, temperaturas extremas no hemisfério norte, o boom dos painéis solares na Alemanha, a proposta do Brasil no G20 para um fundo bilionário de preservação de florestas tropicais e a novela do mercado regulado de carbono. Artigo do Reset citado no episódio: Brasil detalha proposta de fundo global de bilhões para proteger florestas tropicais *O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Contribua para uma conversa mais construtiva sobre o clima e indique esse podcast para alguém. **Para uma cobertura diária sobre negócios sustentáveis, acesse o Reset . Support the show…
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1 Eleições nos EUA e na Europa; metas de net zero para corporações: uma conversa com o Reset 29:27
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Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, e Melina Costa, do Economia do Futuro, trazem a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Nesse episódio, eles falam sobre a pauta climática e as eleições nos Estados Unidos e na Europa. Eles conversam sobre o estado precário das metas de net zero de grandes corporações e, mesmo em meio aos incêndios no Pantanal e a passagem do furacão Beryl pelo Caribe e pelos Estados Unidos, conseguiram encontrar algumas notícias boas para compartilhar com você. Citados no episódio: Orizon emite green bond para transformar lixo em eletricidade , artigo do Reset Até o lixo está no blockchain , artigo do Reset Biogás: a energia que vem dos resíduos , episódio do Economia do Futuro *O Economia do Futuro faz uma pausa e volta em agosto. Até lá, contribua para uma conversa mais construtiva sobe o clima e indique esse podcast para alguém. Support the show…
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1 Elétricos ou etanol: qual o melhor caminho para descarbonizar os carros no Brasil? 31:40
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Estamos no meio de um processo de transição energética, e há muito acontecendo ao mesmo tempo. De um lado, pesquisadores avançam no desenvolvimento de diferentes tecnologias que devem substituir os combustíveis fósseis. De outro, empresas e investidores tentam decifrar a demanda de consumidores, o cenário competitivo e os custos envolvidos para fazer suas apostas tecnológicas. E enquanto tudo isso, muitos países usam políticas públicas para dar um empurrão em uma direção ou outra. Pois é mais ou menos isso que está acontecendo no setor de transportes. Mais especificamente, no caso dos carros, as duas tecnologias mais avançadas são as baterias elétricas e os biocombustíveis, como o etanol. Estados Unidos, China e Europa já optaram pelos carros elétricos, porque não emitem quase nada durante o uso. Na União Europeia, a venda de novos carros com motor a combustão está proibida a partir de 2035. Mas será que essa rota é a mais acertada também para o Brasil, onde os veículos flex já são a maioria? Possivelmente não, dependendo da metodologia utilizada, e se levados em conta os impactos socioeconômicos. É o que diz um estudo realizado pelas consultorias LCA e MTempo, sob encomenda do Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB). Seus integrates são, entre outros, montadoras, importadoras, indústria de autopeças, o setor sucroenergético e sindicatos de trabalhadores. Nesse episódio, eu converso com Fernando Camargo, sócio-diretor da LCA e um dos autores do estudo. Ele explica porque no Brasil a história é diferente na comparação com outros países. Nós focamos na descarbonização do transporte leve, carros de passeio. Se você quiser saber mais sobre o restante do setor de transportes - caminhões, aviões e navios - eu sugiro que procure o episódio chamado "Os combustíveis do futuro" no seu feed; é um bom complemento para esse aqui. Vamos agora para a entrevista com o Fernando Camargo. –- *Encontre aqui o link para o estudo mencionado no episódio. **O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Se você quer contribuir para uma economia mais sustentável, comece agora, indicando esse podcast pra alguém. Para entrar em contato, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 PF investiga projetos de carbono, a guinada à direita no Parlamento Europeu e as Reuniões do Clima em Bonn: uma conversa com o Reset 29:52
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A partir de agora, o EDF traz episódios mensais em parceria com o Reset, o site de notícias sobre negócios sustentáveis. O meu convidado você já conhece: é o Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, que você ouviu por aqui na cobertura das duas últimas COPs, as Convenções do Clima das Nações Unidas, que aconteceram no Egito e nos Emirados Árabes. Agora o Sérgio está em São Paulo e eu continuo em Berlim. Juntos a gente traz pra você a análise das principais notícias do clima no Brasil e no mundo. Neste episódio, a gente fala sobre a investigação de um suposto esquema ilegal de créditos de carbono na Amazônia, das eleições para o Parlamento Europeu e suas consequências para a pauta climática ao redor do mundo e sobre os resultados das Reuniões do Clima de Bonn, da Alemanha, uma espécie de prévia da próxima COP. - Reportagem do Mangabay, citada no episódio: https://brasil.mongabay.com/2024/05/grandes-marcas-compram-creditos-de-carbono-de-esquema-suspeito-de-esquentamento-de-madeira-na-amazonia/ - O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Contribua para uma conversa mais construtiva sobre o clima e indique esse podcast para alguém. - Para uma cobertura diária sobre negócios sustentáveis, acesse o Reset . Support the show…
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
1 O novo normal: como o clima já mudou no Brasil 28:56
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Faz um mês que as enchentes persistem no Rio Grande do Sul. Desde que começou a chover forte, 169 pessoas morreram e mais de 40 ainda estão desaparecidas. Há meio milhão de desalojados; milhares ainda estão sem luz e sem ir à escola e ao trabalho. Esse evento climático é extremo - mas é um erro dizer que se trata de um fato isolado. Nos últimos dez anos, mais de 90% dos municípios brasileiros foram atingidos por algum tipo de desastre natural, deixando mais de 4 milhões de pessoas desabrigadas e prejuízos de R$ 26 bilhões ( fonte : Confederação Nacional de Municípios). Como consequência do aquecimento global, o clima no Brasil já mudou e continua mudando rapidamente. Para entender em que dimensão e onde exatamente as alterações mais abruptas estão ocorrendo, eu converso com Lincoln Alves, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e autor do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Nessa conversa, o Lincoln fala também sobre a perspectiva global para os próximos anos. Assim como a maioria dos principais cientistas do clima, ele não acredita que vamos atingir a meta do Acordo de Paris, que é limitar o aquecimento global a 1.5 grau Celsius. Nessa entrevista, ele explica o porquê. -- Para contribuir com uma conversa mais construtiva sobre o clima, comece já indicando esse episódio para alguém. Para entrar em contato, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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A maioria dos veículos vendidos hoje no Brasil é flex, ou seja, podem ser abastecidos com etanol ou gasolina. Esse é o resultado de décadas de investimento em tecnologia, especialmente desde os anos 70, como reação do Brasil ao choque nos preços do petróleo. Pois bem, a política criada naquela época é uma vantagem pro país no atual processo de descarbonização dos transportes. Mas o trabalho ainda não está completo, longe disso: o mais difícil começa agora. Os transportes representam cerca de 9% das emissões de gases do efeito estufa do país. Em especial, o transporte marítimo e a aviação estão entre os grandes desafios. Neste episódio, eu converso com Amanda Gondim, professora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Amanda coordena a Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação, e por isso está em contato com os principais atores tanto do setor aéreo, como da indústria de combustíveis e também líderes em políticas públicas. Durante a conversa, a gente falou sobre a atual fase de desenvolvimento tecnológico de novos combustíveis para o setor marítimo e aéreo e sobre o potencial dos carros elétricos no país. Ela também avaliou as propostas do Projeto de Lei dos Combustíveis do Futuro, que foi aprovado recentemente na Câmara e agora passa por trâmite no Senado. – O EDF é publicado quinzenalmente às quintas, mas vai fazer uma pausa nas próximas semanas. Eu volto no dia 30 de maio. Até lá, eu queria te pedir para indicar esse podcast pra alguém, é a audiência que mantém esse projeto no ar. Support the show…
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
1 Problemas globais, soluções locais: uma conversa sobre desenvolvimento econômico com a Humana 24:24
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** Este episódio é patrocinado pela agência Humana** Essa história a gente já ouviu várias vezes. Da exploração de cobalto no Congo, à barragem de Belo Monte no Brasil: iniciativas de desenvolvimento econômico de grande escala, mesmo com as melhores intenções do mundo, comumente causam o deslocamento de comunidades locais, impactos ambientais e dependência econômica. O problema está na tradução de grandes políticas de desenvolvimento para realidades locais; num processo chamado de territorialização. O meu convidado hoje é Bruno Gomes, co-fundador da Humana, uma agência de implementação de projetos e programas de desenvolvimento. O Bruno trabalha não só com as estratégias que são definidas nos escritórios em São Paulo e em Brasília, mas, especialmente no campo, em pequenos municípios e rincões afetados por grandes investimentos e empreendimentos. Você já ouviu o Bruno aqui no podcast, um ano atrás ele foi o meu entrevistado do episódio Paradoxo da Mineração, em que a gente falou da exploração de minérios estratégicos, aqueles necessários para fazer a transição energética. Mas agora a discussão é mais ampla. A gente fala do impacto de grandes empreendimentos, da necessidade de engajamento social e de políticas públicas para permitir que o momento atual de transformação da nossa economia, beneficie muitos. ** O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Se você quer contribuir para uma economia mais sustentável, comece indicando esse podcast pra alguém ** Support the show…
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
1 Regras de sustentabilidade corporativa da Europa e seus impactos no Brasil (CSDDD) 26:38
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A União Europeia está na fase final de aprovação da mais rigorosa de suas legislações na área de sustentabilidade corporativa até agora. Trata-se da Diretiva de Due Diligence em Sustentabilidade Corporativa, ou, como vem sendo chamada na sigla em inglês, CSDDD. A diretiva estabelece um padrão de diligência e reporte para grandes empresas que operam no bloco no que diz respeito ao seu impacto ambiental e climático, além de respeito a direitos humanos. Mas se engana quem acha que só corporações serão afetadas. Quando aprovadas, essas regras devem se aplicar também às subsidiárias de empresas europeias e a todos os integrantes da sua cadeia de fornecedores. Ou seja, é muito difícil estimar o efeito dominó que a CSDDD terá ao redor do mundo. Depois de dois anos de discussões, e de negociações que quase acabaram em pizza, a expectativa é que a diretiva seja aprovada já nas próximas semanas e sua aplicação deve se dar em 2027. Neste episódio eu converso com o advogado Bruno Galvão, do escritório Blomstein em Berlim, e que está acompanhando de perto o desenrolar das discussões no Parlamento Europeu. ** Participe do curso "Por dentro do PL do Mercado de Carbono" promovido pelo Reset. Para se inscrever, clique aqui . ***O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para entrar em contato, escreva para podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 Amazônia: o ponto de não retorno e como evitá-lo 27:03
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A revista científica Nature publicou recentemente um estudo liderado por pesquisadores brasileiros que é um alerta para a comunidade internacional: a Amazônia pode atingir até 2050 o chamado ponto de não retorno, quando mudanças irreversíveis no ambiente causariam a perda da floresta tropical. Esse cenário é dramático porque a floresta na Amazônia tem se mostrado resiliente há 65 milhões de anos, apesar de drásticas variações climáticas nesse período. A destruição do bioma em grande escala teria consequências para o equilíbrio climático do planeta como um todo, com prejuízos na agricultura, na geração de energia e no modo de vida de comunidades inteiras. Mas mesmo pontos de não retorno locais na Amazônia, como os que já vêm sendo registados, têm impactos enormes e podem se tornar mais frequentes. Para colocar em números: o estudo concluiu que, nos próximos 25 anos, de 10% a 47% do bioma amazônico poderia entrar em colapso. Nesse episódio, eu converso com Marina Hirota, pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina e co-autora do estudo. Ela explica esses resultados, as consequências para o planeta da possível destruição do bioma - ou parte dele - e o que precisaria ser feito para evitar esse cenário. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Se você quer contribuir para uma economia mais sustentável, comece agora, indicando esse podcast pra alguém. Para entrar em contato: podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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
1 Populismo climático, proteção cambial para investimentos verdes, mercado de carbono: uma conversa com o Reset 28:01
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Este é um episódio diferente. Normalmente, eu convido um especialista e entro a fundo num assunto específico da nossa transição para uma economia mais sustentável. Mas desta vez eu decidi convidar uma figura que você já conhece para me ajudar a analisar os acontecimentos mais relevantes da agenda ambiental das últimas semanas no Brasil e globalmente. É o Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, que você já ouviu por aqui durante a cobertura das COPs, as Convenções do Clima das Nações Unidas. Nesse episódio, a gente conversa sobre a novela do mercado regulado de carbono brasileiro, populismo climático na Europa e o futuro do aço verde. O Sérgio também traz um update importante direto do encontro do G20 em São Paulo: ele explica a lógica de novo um mecanismo de proteção cambial para viabilizar investimentos verdes no Brasil. Clique para aprender mais com a cobertura do Reset: - Governo anuncia proteção cambial para investimento verde com Banco Mundial e Reino Unido - Os (novos) obstáculos do mercado regulado de carbono * O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para entrar em contato, escreva para podcast@economiadofuturo.com * Leia o Reset, a melhor cobertura diária sobre negócios sustentáveis: www.capitalreset.com Support the show…
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
1 Regulação antidesmatamento da Europa: a hora de se adaptar é agora 30:07
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Uma das demandas mais frequentes que eu recebo aqui no podcast é para falar mais sobre a regulação antidesmatamento da Europa. Já no final de 2024, estarão impedidas de entrar na União Europeia uma série de commodities com suspeita de origem em florestas desmatadas. O mesmo vale para casos de possível desrespeito aos direitos humanos. As punições para os importadores que não cumprirem com as novas regras são seríssimas: vão de multas pesadas à proibição temporária de comercialização. Só que, até agora, ninguém parece estar preparado para lidar com essas mudanças. Esse episódio é uma entrevista com o advogado Bruno Galvão, do escritório Blomstein, em Berlim. O Bruno está particularmente inteirado do assunto, porque representa o setor da carne - um dos principais afetados pelo regulamento. Ele traz uma mensagem pragmática para o agronegócio brasileiro: por mais que alguns detalhes ainda não estejam totalmente claros, a hora de se adaptar é agora. *O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Se você quer fazer a sua parte para a construção de uma economia mais sustentável, indique esse podcast para alguém. **Para entrar em contato, escreva para podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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
1 Taxonomia verde: uma bússola para o sistema financeiro 25:42
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** Clique aqui para se inscrever no curso "Descarbonização da Prática" do Reset. Essa é a chance de aprender com os maiores especialistas brasileiros no assunto ** Um dos mecanismos para tornar a economia mais sustentável é destinar recursos para aquelas atividades consideradas desejáveis e desincentivar as mais danosas ao meio ambiente e a sociedade como um todo. Mas para fazer isso, precisamos primeiro entender o que é, exatamente, uma atividade sustentável. Pense na geração de energia por meio de painéis solares, por exemplo: em princípio, essa é uma alternativa de energia limpa, sem emissões de carbono. Mas os metais necessários para construção desses painéis vêm da mineração, que, por sua vez, tem impactos sociais e ambientais relevantes. Por aí você já vê a complexidade de criar uma taxonomia das atividades econômicas. Mais de vinte países já criaram a sua. No Brasil, o Plano de Ação do governo federal chamado “Taxonomia Sustentável” passou por consulta pública no fim do ano passado. Além dessa iniciativa do executivo há também dois projetos de lei, um na Câmara e outro no Senado, a respeito do tema. A minha entrevistada hoje é Luciane Moessa, diretora executiva e técnica da Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS), uma organização financiada pelo Instituto Clima e Sociedade. Ela foi procuradora do Banco Central brasileiro, passou pela academia e trabalha há anos como consultora em finanças sustentáveis para organizações internacionais. Nessa conversa, Luciane analisa as taxonomias de alguns países e fala da proposta brasileira. A gente entra nos principais méritos - mas também as principais controvérsias - desse plano. * Se você quer fazer a sua parte para a construção de uma economia mais sustentável, comece indicando esse podcast para alguém. É a audiência que mantém esse projeto no ar. Estou contando com a sua ajuda! ** Clique aqui para se inscrever no curso "Descarbonização da Prática" do Reset. Essa é a chance de aprender com os maiores especialistas brasileiros no assunto ** Support the show…
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1 Novo impulso à fusão nuclear (reprise e update) 35:40
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Uma fonte de energia limpa, segura, praticamente ilimitada e muito mais eficiente do que tudo que a humanidade já foi capaz de produzir: essa é a promessa da fusão nuclear. Ao contrário da fissão , que já é usada hoje por muitos países, a fusão simula o processo de produção de energia que acontece dentro das estrelas. Esse método tem um risco muito menor de acidentes e não gera aquele tipo de lixo que se mantém radioativo por milhares de anos. Este episódio é a reprise de uma entrevista feita em março de 2023 com Vinícius Njaim Duarte, pesquisador no laboratório de plasma da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e um dos principais cientistas brasileiros envolvidos nos estudos da fusão nuclear. Mas como algumas novidades importantes aconteceram desde então, a conversa foi atualizada em janeiro de 2024. -- O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para ser notificado sobre novos episódios, siga esse podcast no seu tocador. Se quiser falar comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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
Depois de 48 horas em clima de tudo ou nada, a COP 28 chegou ao fim com o comprometimento de quase 200 países para uma transição energética que deixe os combustíveis fósseis no passado. Esta é primeira vez em quase 30 anos de Conferência das Partes que o texto oficial cita diretamente os principais causadores da emergência climática. Mas para que essa transição de fato aconteça, ainda há muito a ser definido. Falta dinheiro para os países em desenvolvimento, por exemplo. De todo modo, não é um exagero dizer que trata-se de um momento histórico - especialmente, porque o acordo se deu nos Emirados Árabes, um dos países que mais lucram com a exploração de petróleo no mundo. Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, está em Dubai e traz a análise e os bastidores das difíceis negociações que nos trouxeram até aqui. ** Para uma cobertura diária sobre investimentos e negócios sustentáveis, acesse: www.capitalreset.com Support the show…
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
A COP já passou da metade e um rascunho do documento final com o resultado das negociações começou a ser escrito. A principal incerteza é se os países vão se comprometer com a eliminação - ou pelo menos, a redução do uso de combustíveis fósseis. Eu conversei com Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset, não só sobre o atual estágio das negociações como também sobre o papel do Brasil nesta COP - especialmente depois que a adesão do país ao clube dos maiores produtores de petróleo do mundo se tornou pública. Nós também conversamos sobre a visita de Lula à Alemanha, sobre blended finance e sobre o novo balanço do orçamento global de carbono que ainda resta antes de ultrapassarmos o limite de 1,5°C no aumento da temperatura. ** Para uma atualização diária sobre as negociações da COP28, acesse o Reset: www.capitareset.com Support the show…
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
1 COP28: anúncios em tempo recorde; Brasil expõe suas contradições 18:30
18:30
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A COP 28 começou em Dubai na quinta passada, mas nesses poucos dias já aconteceu o equivalente a semanas de negociações. Empresas e países anunciaram planos de descarbonização. O fundo de perdas e danos, que é discutido há 30 anos, finalmente saiu do papel. Lula discursou cobrando que países se tornem menos dependentes dos combustíveis fósseis – e, paradoxalmente, confirmou a entrada do país na Opep+, grupo ligado ao cartel dos maiores produtores de petróleo do mundo. E ainda teve uma proposta do Brasil para financiar a conservação de florestas. Este é um boletim especial para atualizar você do que aconteceu de mais importante. Eu converso com Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset, que está em Dubai. ** Para uma atualização diária sobre as negociações da COP28, acesse o Reset: www.capitareset.com Support the show…
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
1 COP na terra do petróleo: cobertura especial 29:40
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Começa nesta quinta-feira (30 de novembro) a COP 28, a Conferência do Clima das Nações Unidas. Quase 200 países se reúnem para negociar formas de conter o aumento de temperaturas e seus efeitos mais catastróficos em escala global. Desta vez, o evento acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, um dos países que mais lucram com a exploração de combustíveis fósseis no mundo. O paradoxo de um evento pelo clima em um petro-estado obviamente não passou despercebido pela comunidade internacional. Esta COP deve deixar ainda mais clara a tensão entre os países que pedem a transição energética já e aqueles que preferem esperar mais um pouco. Isso sem falar na divisão entre os países mais pobres (e mais vulneráveis às mudanças climáticas) e os países ricos, que mais contribuíram historicamente para o aquecimento global. **Este é o primeiro episódio da cobertura especial da COP28 em parceria com o Reset: www.capitalreset.com Support the show…
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1 O Brasil no G20, países endividados e a crise climática 24:51
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Uma nova crise da dívida soberana está se formando entre os países em desenvolvimento. Desde a crise financeira de 2008, a dívida externa das economias emergentes mais do que dobrou, chegando a 3,6 trilhões de dólares. E agora, com o aumento dos juros no mundo desenvolvido, as economias emergentes estão com dificuldades para captar recursos e se refinanciar. O alto endividamento é grave porque reduz a quantidade de recursos disponíveis para o combate à pobreza e para o desenvolvimento. E mais do que isso: os países mais sobrecarregados são exatamente aqueles mais vulneráveis às mudanças climáticas e que deveriam estar investindo na mitigação dos seus efeitos. O episódio de hoje é uma conversa com Marina Zucker-Marques, pesquisadora da School of Oriental and African Studies da Universidade de Londres. Ela faz parte de um projeto de pesquisa que pede o alívio da dívida para um grupo de 69 países que enfrentam problemas de solvência ou que estão muito perto disso. O Brasil não está nesse grupo - mas pode vir a ocupar papel de protagonista nessa história. Em primeiro de dezembro, o Brasil assume pela primeira vez a presidência rotativa do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo. O G20 também é o principal fórum de negociação internacional de dívida soberana. Em discurso recente, Lula citou a "insustentável dívida externa dos países mais pobres", e anunciou que o Brasil deve usar sua posição no G20 para promover o desenvolvimento sustentável e a reforma do sistema de governança internacional. Mas como isso vai se dar na prática, ainda não está claro. Nesta entrevista, Marina explica como a crise da dívida dos países de renda baixa chegou à atual situação e o que precisaria ser feito para liberar recursos para o desenvolvimento. ** Indique o Economia do Futuro para alguém e contribua para uma discussão mais construtiva sobre o clima. ** Acompanhe a cobertura especial da COP28 em parceria com o Reset, a partir de 30 de novembro. Support the show…
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1 Por que os alimentos são 70% das emissões no Brasil? 24:51
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Se você acompanha esse podcast, sabe que aqui a gente discute as tecnologias, os incentivos e as políticas públicas para descarbonizar os vários setores da economia. Esse é um processo complexo, que envolve cadeias inteiras de produção e que coloca em xeque as fontes de energia fóssil, das quais o mundo ainda depende. Mas no Brasil essa história é um pouco diferente. Claro que que o país também precisa deixar o petróleo, o carvão e o gás natural no passado. E claro que várias atividades econômicas precisam ser redesenhadas. Mas no Brasil o mais importante mesmo é acabar com o desmatamento e mudar a forma como criamos gado. É por isso que eu achei particularmente interessante um estudo recente da ong Observatório do Clima. O projeto SEEG, Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, identificou que sozinho, o setor de alimentos respondeu por mais de 70% das emissões de gases do efeito estufa do Brasil em 2021. Só para você ter uma ideia, globalmente, o impacto dos alimentos não passa de 30%. Isso reflete a forma como a comida é produzida no país: o que inclui a destruição de florestas e uma pecuária pouco adaptada à realidade climática. Nesse episódio eu converso com David Tsai, coordenador do projeto SEEG do Observatório do Clima. Ele explica como desmatamento, bois e aquecimento global estão conectados. Nós também falamos do que precisa ser feito para tirar o setor de alimentos da posição de vilão - especialmente diante do aumento da população global e do papel do Brasil como grande exportador de commodities agrícolas. Support the show…
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1 Mercado regulado de carbono: entenda o que está na proposta (e o que ficou de fora) 27:29
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Depois de anos de discussões e vai e vem, o mercado regulado de carbono brasileiro está mais perto de sair. Com um acordo com a bancada ruralista, o governo conseguiu passar pela Comissão de Meio Ambiente do Senado o projeto de lei que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa. Trata-se de um mecanismo de cap and trade, semelhante ao que opera na Europa há quase vinte anos. Era isso que os especialistas e organizações da sociedade civil pleiteavam, entre elas o CEBDS, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. O episódio de hoje é uma entrevista com Viviane Romeiro, diretora de clima, energia e finanças sustentáveis no CEBDS. Ela explica como funcionaria o sistema - de acordo com o previsto nesse projeto de lei -, os efeitos que ele deve ter na economia como um todo e o seu modelo de governança. Ela também aborda dois pontos controversos e cruciais desse PL. O primeiro é a exclusão da agricultura e pecuária - exatamente os setores ligados à maior parte as emissões. E o segundo é a possibilidade do uso de créditos do mercado voluntário para compensar uma parte das emissões da indústria. Ou seja, o offsetting deve ganhar escala no país. Se você ouviu o episódio passado do EDF, você já sabe que essa é uma prática que passa por escrutínio no mundo todo, porque é difícil comprovar se esses créditos entregam mesmo o que prometem. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para ajudar esse projeto, indique o podcast para alguém. Support the show…
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
Você já deve ter recebido uma proposta semelhante da sua companhia aérea: pague um pouco mais e compense as emissões de carbono do seu voo. Com essa transação simples, a promessa é voar sem culpa. Mas, se você é ouvinte desse podcast, já sabe que, infelizmente, não é tão fácil assim. Com o crescente escrutínio ao redor da qualidade da prática de offsetting, uma organização chamada Voluntary Carbon Markets Integrity Initiative lançou recentemente um código de conduta para os compradores de créditos de carbono. Entre as recomendações está que empresas parem, pelo menos por ora, de usar créditos para compensar as suas emissões. Ou seja: seria, pelo menos, uma pausa na estratégia de offsetting. Os créditos de carbono poderiam continuar a ser comprados, mas como uma espécie de contribuição voluntária para o clima. Dependendo da sua qualidade - ou, como se chama no setor, da sua integridade - os créditos seriam divididos nas categorias prata, ouro e platina, como forma de comunicar a ambição desses compradores. A VCMI, na sigla em inglês, é uma organização sem fins lucrativos, que nasceu na COP 26, a Conferência do Clima das Nações Unidas, exatamente para dar parâmetros de qualidade ao mercado voluntário de carbono. Nesse episódio eu converso com Ana Carolina Avzaradel Szklo, diretora técnica da ong. Essa conversa ilustra bem as atuais incertezas ao redor do produto crédito de carbono e seu potencial real para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Há várias organizações no mundo tentando encontrar mecanismos eficientes para a contribuição de empresas e consumidores para o clima. Mas o uso de offsetting ainda está longe de ser um consenso. Support the show…
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
Um combustível que não só substitui aqueles de origem fóssil como também reduz emissões de metano para a atmosfera. É eficiente, fácil de armazenar, de transportar e cuja matéria-prima é abundante no Brasil. Eu estou falando do biogás, um combustível resultante do processo de decomposição de matéria orgânica, como o esgoto de cidades ou os resíduos de animais da pecuária. Ou seja: coisas que a gente considera lixo e não matéria-prima. O Brasil já tem 850 plantas de produção de biogás. A maioria delas usa bactérias para tratar resíduos e gerar energia elétrica. Mas o biogás também pode ser usado para substituir o gás natural, o GLP (mais conhecido como gás de cozinha) ou mesmo o diesel em veículos do transporte pesado. O potencial do Brasil nessa área é gigantesco. Só no curto prazo, seria possível quase quadruplicar a atual produção. Uma estimativa do setor aponta que o biogás poderia substituir setenta por cento do diesel consumido na frota brasileira de veículos. Para chegar lá, o país precisa vencer algumas barreiras tecnológicas e, principalmente, regulatórias. É sobre isso que eu converso neste episódio com Leidiane Ferronato Mariani, especialista em energias renováveis e fundadora da Amplum Biogás, empresa de cursos e consultoria na área. A Leidiane pesquisou a fundo o potencial do biogás no Brasil, como parte do projeto de pesquisa financiado pelo governo britânico em parceria com o governo brasileiro. Nesse episódio, ela compartilha os principais resultados do seu trabalho e aponta caminhos para o desenvolvimento desta fonte de energia renovável. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga este podcast no seu tocador. E para ajudar na sustentabilidade desse projeto, indique para um amigo. www.economiadofuturo.headline.com.br Support the show…
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O governo Lula lançou em agosto o novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento que se tornou marca das gestões petistas anteriores. Mas, dessa vez, além de focar em programas sociais e de infraestrutura, os investimentos também têm o objetivo de facilitar a transição ecológica da economia. Mas quão verde é, de fato, o PAC? Marta Salomon, especialista sênior do Instituto Talanoa, se debruçou sobre os planos do governo. No eixo chamado "transição e segurança energética", 60% dos recursos serão destinados ao setor de óleo e gás - o valor é 13 vezes maior do que os investimentos previstos para combustíveis de baixo carbono. Ao mesmo tempo, o PAC prevê aportes para a prevenção de catástrofes naturais, para a geração de energia renovável e a regulamentação de atividades relacionadas ao hidrogênio verde. Sem falar na criação do mercado regulado de carbono. Nesta entrevista, Marta fala sobre os acertos e as contradições do PAC, e as difíceis escolhas de um país que precisa descarbonizar a sua economia e continuar crescendo. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. E, se puder, indique para um amigo: isso ajuda muito na sustentabilidade deste projeto. Support the show…
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1 A startup brasileira que quer revolucionar a agricultura (reprise) 25:14
25:14
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** Este episódio é uma reprise e foi inicialmente publicado em julho de 2021. A agricultura que nós temos hoje é resultado da Revolução Verde, que aconteceu nos anos 60. Na época, desenvolvimentos tecnológicos como fertilizantes químicos, mecanização do campo e o uso de variedades híbridas de plantas, aumentaram dramaticamente a produtividade de várias culturas agrícolas em países em desenvolvimento. Isso evitou uma grave crise de desabastecimento que estava se desenhando com o aumento populacional. O cientista Norman Borlaug, que ficou conhecido como o pai da Revolução Verde, recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1970 por ter ajudado a salvar mais de um bilhão de pessoas da fome. Foi no contexto dessa revolução, que o Brasil expandiu sua fronteira agrícola para o cerrado e tornou-se o grande exportador de commodities agrícolas que é hoje. Mas a revolução verde também trouxe problemas. Com um modelo de produção intensivo em insumos, o campo tornou-se também intensivo em capital, prejudicando pequenos produtores. Pesticidas contaminaram pessoas e ecossistemas. E as monoculturas, apesar de mais eficientes no curto prazo, levam ao esgotamento do solo e aumentam os riscos de doenças no longo prazo. Hoje, temos que não só lidar com esses problemas como precisamos também dar um novo salto de produtividade. Até 2050, a população global vai aumentar em 2 bilhões de pessoas e eventos climáticos extremos, como secas, vão deixar tudo bem mais difícil. Esse é o tamanho do desafio na agricultura. Neste episódio eu conto a história de uma startup brasileira que está trabalhando exatamente nessa fronteira. A Krilltech produz uma nono-molécula orgânica chamada arbolina, que aumenta a produtividade de mais de vinte culturas: 20% na soja, 12% no trigo, 40% no tomate. A nanotecnologia foi descrita no Plano Nacional de Fertilizantes do governo federal como "uma alternativa promissora para impulsionar uma nova revolução agrotecnológica brasileira”. O documento citou a Krilltech nominalmente. Nesta entrevista reprise, concedida há pouco mais de um ano, Diego Stone, um dos fundadores da Krilltech, explica como a arbolina funciona. Ele também fala da sua difícil trajetória de bootstrapping - mas com muito bom humor, como você vai notar nessa conversa. Uma atualização: desde que o episódio foi ao ar pela primeira vez, a Krilltech já triplicou sua capacidade de produção e recebeu o aporte de um grupo de investidores do agronegócio. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador e indique para um amigo. Entre em contato por aqui: podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 A hora e a vez do hidrogênio verde (reprise) 27:23
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Este episódio é uma reprise. Foi publicado originalmente em julho de 2022. -- No processo de transição energética, uma das estratégias mais promissoras é a chamada "eletrificação de tudo", ou no inglês electrify everything . Isso significa usar eletricidade - desde que ela venha de fontes renováveis - ao invés de queimar combustíveis fósseis. Um exemplo disso são os carros elétricos, que devem substituir no futuro aqueles movidos a gasolina. Mas a ideia é fazer isso além do transporte, em todas as outras áreas da economia. Só que essa mudança não é simples. Em alguns processos industriais e do transporte pesado, não dá pra ligar máquinas na tomada, esperar que elas carreguem ou usar baterias. Ou seja, não é possível eletrificar atividades diretamente - e é aí que surge o hidrogênio como um vetor de eletrificação indireta. O hidrogênio pode ser queimado ao invés de carvão em siderúrgicas para a produção de aço, pode substituir gás natural no aquecimento de casas e a amônia proveniente do hidrogênio pode ser usada como combustível no transporte marítimo de contêineres, por exemplo. Hoje, o hidrogênio já é usado na indústria, mas em sua variante mais suja, feita a partir do gás natural e do carvão. Esse é o hidrogênio cinza. Pois eis que, agora, com o barateamento da energia solar e eólica, surge o hidrogênio verde. Quase vinte países já apresentaram planos de longo prazo para o investimento na cadeia do hidrogênio verde. A Alemanha está na liderança, com US$ 10 bilhões até 2030. Turbinado com a energia eólica do Atacama, o Chile trabalha para ter a maior capacidade instalada para produção de hidrogênio verde do mundo. E o Brasil? Com mais de 80% da sua matriz elétrica baseada em fontes limpas, condições naturais favoráveis para novas usinas solares e eólicas, e infraestrutura portuária para exportação, o país é um candidato natural a protagonista nessa nova economia. O episódio de hoje é a reprise de uma entrevista de junho de 2022 com Philipp Daniel Hauser, do E+ transição energética. Esse é um think thank brasileiro, financiado pela filantropia e, em parte, pelo governo da Alemanha. O Philipp é alemão, mas estudou e fez sua carreira no Brasil. Uma das paradas dele foi na vice-presidência de transição energética na Engie, a maior empresa privada de energia no Brasil. Uma atualização: desde que essa entrevista foi ao ar pela primeira vez, a química Unigel anunciou que os investimentos em sua unidade de produção de hidrogênio verde em Camaçari, na Bahia, chegarão a US$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos: é mais de dez vezes o valor já comprometido para a planta, que começou a ser erguida em meados do ano passado. E a Engie Brasil anunciou que vai estudar a viabilidade de produção de hidrogênio verde no Paraná. Mas vamos lá pra entrevista: nessa conversa, Philipp explica como funciona o hidrogênio verde, conta sobre o atual estágio de barateamento dessa tecnologia e dá a sua opinião sobre o que o Brasil deveria fazer para ocupar uma posição de liderança no novo mapa geopolítico da energia que está sendo desenhado agora. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. E, se puder, indique para um amigo. Isso ajuda muito na sustentabilidade deste projeto. Support the show…
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1 Imposto de carbono: precisamos falar sobre isso 32:31
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Depois de 30 anos de debates, a Câmara dos Deputados aprovou recentemente a reforma tributária, que simplifica impostos sobre o consumo e acaba com distorções, como a guerra fiscal entre estados. Mas o texto, que agora precisa ser analisado pelo Senado, deixou de fora um mecanismo que poderia ajudar em muito a transição energética no país. Impostos são um dos mecanismos mais eficientes da economia para incentivar - ou desincentivar - comportamentos de empresas e consumidores. Por exemplo, muitos países taxam pesadamente produtos como tabaco e álcool para reduzir seus gastos públicos com saúde. Já outros que reduzem impostos para empresas que fazem pesquisa e desenvolvimento, de modo a estimular a oferta de empregos nessa área. Em meio à atual crise climática, faria sentido que os impostos também ajudassem no processo de descarbonização da economia. Aliás, os chamados impostos sobre carbono não são uma ideia nova. A Suécia introduziu esse tipo de taxa em 1991, e observou desde então uma redução de quase 30% em suas emissões. O Canadá introduziu um imposto desse tipo, que é cobrado e depois devolvido aos consumidores no final do ano. Países em desenvolvimento como África do Sul, Argentina, Colômbia, Chile e México também taxam as emissões de CO2. A minha entrevistada é Tatiana Falcão, especialista em tributação ambiental que presta consultoria para o Banco Mundial e as Nações Unidas. Ela é coordenadora de uma iniciativa de precificação de carbono na Coalizão de Ministros das Finanças para a Ação Climática, que reúne formuladores de políticas fiscais e econômicas de mais de 80 países. A Tatiana esteve engajada durante a tramitação da reforma tributária na Câmara e prestou informações a vários deputados sobre modalidades de taxações de carbono. A legislação aprovada até agora não incluiu o tema, mas, do jeito que está, abre espaço para essa possibilidade no futuro. Mas mesmo que o Brasil decida não trilhar esse caminho, muitos dos produtos fabricados no país serão taxados de todo modo quando forem exportados. A partir de outubro, a União Europeia passará a cobrar imposto de carbono para produtos como aço, ferro e alumínio que entrarem em seu território. A ideia é estimular que países adotem medidas tão rígidas quanto o bloco europeu. Ou seja: chegou a hora de falar sobre a taxação de carbono - por mais impopular que seja a ideia de um novo imposto. -- O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. Para falar comigo, o meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 Redes para a transformação: o modelo do Arapyaú 33:00
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** Este é um episódio patrocinado pelo Instituto Arapyaú** -- Para problemas complexos, como as mudanças climáticas ou o desenvolvimento sustentável, não há soluções simples. Há muitos atores envolvidos e interesses que nem sempre convergem. Mas isso não significa que a ação coletiva não é possível. Essa é a principal mensagem do Instituto Arapyaú, uma organização do terceiro setor que, há 15 anos, une os mais diversos participantes ao redor dos chamados problemas indomáveis, aqueles intricados, de natureza ambígua e volátil. Entre as iniciativas do Arapyaú estão, por exemplo, o Uma Concertação pela Amazônia, que reúne setor privado, sociedade civil, setor público e a academia na busca de soluções para a conservação e o desenvolvimento sustentável deste território. Também tem a Agência de Desenvolvimento Regional Sul da Bahia, com projetos que vão da melhora de índices educacionais a incentivos para o cultivo sustentável do cacau. E ainda há outras das chamadas redes , como a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura - que colocou gigantes do agro e ongs ambientais ao redor da mesma mesa. Este episódio é para compartilhar os aprendizados do Arapyaú durante a criação dessas redes: como engajar participantes, como lidar com conflito, como estimular lideranças, como medir os resultados. Ou seja, é uma reflexão e uma espécie de guia para todo mundo interessado em organizar ou participar de ações coletivas. Eu conversei com Thais Ferraz, diretora do instituto, e Roberto Waack, presidente do conselho. – O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio siga esse podcast no seu tocador. E para falar comigo, o meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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
1 Leite (de vaca) carbono neutro e com respeito aos animais: a história da NoCarbon Milk 32:53
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Este é o terceiro episódio da série CO2 do podcast Economia do Futuro . Até agora, falamos sobre formas de compensar emissões e sobre tecnologias para retirar carbono da atmosfera. Mas vale lembrar o óbvio: o mais importante a ser feito é emitir menos. Obviamente, essa é uma tarefa complexa. Desde a revolução industrial, há 250 anos, empresas funcionam sem muitos controles para o lançamento de gases como o CO2 na atmosfera. E como na economia tudo está interligado, fabricar um produto sem acrescentar emissões envolve mobilizar cadeias inteiras. Este episódio é o exemplo de uma empresa que conseguiu fazer exatamente isso. Se você mora em São Paulo, já deve ter visto o leite NoCarbon Milk nos supermercados. Trata-se do leite de vaca - não é uma alternativa baseada em plantas (as bebidas de aveia, por exemplo, costumam ter, na média, um impacto climático menor que o do leite tradicional). O interessante no caso do NoCarbon Milk é que essa iniciativa conseguiu reinventar o sistema de produção de um alimento básico para boa parte dos humanos no planeta. Eu conversei com Luis Fernando Laranja, fundador e CEO da NoCarbon Milk, uma marca que faz parte da holding Caaporã. Nós falamos sobre tudo o que precisou ser alterado na produção não só para chegar em um produto carbono neutro, mas também para garantir uma vida mais confortável e digna para os animais. Ou seja, é um exemplo contra-intuitivo, em uma indústria que está entre as maiores vilãs do aquecimento global, e de uma empresa que quer inspirar a transformação da pecuária. -- O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente às quintas. Siga esse podcast no seu tocador para não perder nenhum episódio. E para entrar em contato, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 CO2: Como armazenar carbono debaixo da terra 34:26
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Se vc é ouvinte desse podcast, você já conhece as recomendações do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU, a maior autoridade do mundo em ciência climática. Para limitar o aumento de temperatura global a 1,5 ou 2 graus até o fim do século, precisamos cortar as emissões de gases do efeito estufa pela metade já nos próximos sete anos. É um prazo super apertado e o próprio painel reconhece que, para chegar lá, precisamos não só diminuir emissões mas também contar com a ajuda de tecnologias que removem gás carbônico da atmosfera e o depositam debaixo da terra ou no fundo dos oceanos. São as chamadas técnicas de CCS, ou carbon capture and storage . Já existem 30 usinas de captura de carbono em operação no mundo e outros 190 projetos estão em desenvolvimento. Só nos Estados Unidos, um megapacote de iniciativas climáticas inclui US$ 12 bilhões em subsídios para essas tecnologias. Deixa eu dar um exemplo de um tipo específico de CCS para você visualizar do que se trata. A empresa suíça Climeworks instalou ventiladores enormes na Islândia, que sugam o CO2 direto do ar e o misturam com água. Essa água com gás é enterrada e, ao reagir com a estrutura geológica local, se transforma em rochas. Ou seja, o carbono que estava no ar fica estocado debaixo da terra, em tese, para sempre. Há outras formas de tirar CO2 do ambiente e diferentes indústrias que podem fazer uso dessas tecnologias. Um grande destaque é a indústria brasileira do etanol que poderia até tirar mais carbono da atmosfera do que emite no seu processo de produção, tornando-se climate positive . Outra indústria que deve ter um papel crucial no CCS é, paradoxalmente, a indústria do petróleo. Se você não está inteirado a respeito do CCS, vai sair desse episódio sabendo muito. A minha entrevistada é Isabela Morbach, co-fundadora da ong CCS Brasil. Foi o trabalho de doutorado dela que serviu como base para o projeto de lei que propõe o marco legal para captura e armazenamento geológico de carbono - e que acaba de ser aprovado na Comissão de Infraestrutura do Senado. **Esse é o segundo episódio da série de CO2, que trata das iniciativas mais ambiciosas para reduzir e neutralizar as emissões de carbono da economia. Fica ligado no selo CO2 que tem mais histórias legais pela frente. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. E se quiser entrar em contato, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 Petróleo na foz do Amazonas: o que está em jogo 33:53
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Você deve ter visto nas últimas semanas notícias sobre o petróleo na foz do Rio Amazonas. O IBAMA recentemente negou uma licença ambiental para perfuração do primeiro poço exploratório da Petrobrás na bacia, que fica no Amapá. Mas a decisão técnica acabou se tornado mais um estopim da crise política ao redor da agenda ambiental do governo Lula. O episódio de hoje é para tentar entender o que está em jogo nesse caso. Primeiro, é preciso levar em consideração o contexto global. Para manter o compromisso com o Acordo de Paris e zerar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, o mundo não poderia mais perfurar novos poços de petróleo já a partir de 2021. Pelo menos é o que diz a Agência Internacional de Energia. Mas não é isso que está acontecendo. Com a demanda por combustíveis fósseis em alta, só 20 das maiores empresas do setor devem investir conjuntamente, mais de 520 bilhões de dólares em reservas adicionais de petróleo até 2030. Entre elas estão Exxon Mobil, Shell e a brasileira Petrobras. O petróleo continuará a ser importante para a economia global mas a demanda deve cair nos próximos anos. A queda será mais ou menos dramática dependendo do cenário usado e cabe às petroleiras decidir, individualmente, em que ritmo elas investirão na transição energética. Agora vamos entrar no caso do Brasil. Para a Petrobras, o país precisa manter sua segurança energética e soberania. Ou seja, não poderia correr o risco de voltar a importar petróleo. Além disso, o petróleo extraído pela empresa hoje, emitiria menos CO2 que a média global. Como resumiu recentemente João Paul Prates, presidente da empresa, a Petrobras quer ser "a última empresa de petróleo do mundo". Para tanto, a exploração da chamada margem equatorial, uma área que abrange o litoral de seis estados do Norte e Nordeste, é crucial. Isso porque a produção nos campos do pré-sal no sudeste começa a entrar em declínio. A exploração dessa fronteira começaria, exatamente, pela foz do Amazonas, no Amapá. E aí que chegamos na decisão recente do IBAMA, que interrompeu os planos da petroleira. De um lado está a Petrobras, que alega ter cumprido todos os requisitos ambientais e de segurança exigidos até agora. De outro, está o IBAMA que apontou a falta de proteções robustas em caso de acidentes, além do possível impacto para comunidades tradicionais. O estágio atual é o seguinte: a Petrobras entrou com um pedido de reconsideração da decisão, o que significa que o IBAMA terá que se manifestar de novo. Para entender os possíveis impactos ambientais da exploração de petróleo da região, eu conversei com uma voz independente, o oceanógrafo Nils Asp, pesquisador e professor da Universidade Federal do Pará. A pedido da ONG WWF, Nils Asp analisou mais de 5 mil páginas de documentos emitidos desde 2013, quando os blocos de petróleo na foz do Amazonas foram leiloados. Na visão dele, os estudos apresentados pela Petrobras ignoram alguns aspectos importantes da eventualidade de um acidente. No centro da questão está o Grande Sistema de Recifes da Amazônia, um ecossistema gigantesco, que pode se estender por mais de 50 mil quilômetros quadrados, ainda pouco conhecido, e cuja existência foi comprovada pelos cientistas recentemente. Nós também falamos sobre a margem equatorial como um todo, onde existem mais de 200 blocos com possibilidade de serem explorados. -- O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. Para entrar em contato, escreva para podcast@economiadofuturo.com . Support the show…
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1 CO2: Créditos de carbono e as florestas do Brasil 35:18
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Empresas que emitem CO2 para fabricar seus produtos e fazer seus negócios e que compram créditos de carbono em outra parte do mundo - como uma floresta tropical - para compensar essas emissões: de forma bem simplificada, é assim que funciona o mercado voluntário de carbono. Mas chegou a hora de entender mais a fundo os mecanismos desse esquema, que passa por escrutínio desde que uma reportagem do jornal The Guardian alegou a ineficácia de alguns projetos. O episódio de hoje é o primeiro de uma série especial chamada CO2, que vai trazer os esforços mais ambiciosos para reduzir e neutralizar as emissões de carbono da economia. Aqui eu vou falar sobre créditos de carbono, sobre tecnologias de remoção e armazenagem de gases do efeito estufa e eu também vou contar histórias de quem está conseguindo reduzir drasticamente suas emissões. Agora, sempre que o Economia do Futuro trouxer o selo "CO2", você já sabe o porquê. Mas vamos voltar para o assunto deste episódio, que é uma entrevista com a Janaina Dallan, fundadora e CEO da Carbonext, uma das principais empresas de projetos de carbono em florestas brasileiras. Nós conversamos sobre um tipo de crédito de carbono em estágio avançado de desenvolvimento no Brasil: aquele em que empresas pagam para conservar florestas que estão sob risco de desmatamento. Ou seja: são créditos por emissões evitadas. Depois de um ano de euforia em 2021, a venda de créditos de carbono desacelerou no ano passado. Agora o setor lida com gargalos e uma crise de confiança. Mas isso não significa que as expectativas de crescimento diminuíram. O Senado acaba de aprovar uma medida provisória permitindo a comercialização de créditos gerados em áreas de concessões florestais. Isso deve aumentar significativamente a oferta de créditos porque tratam-se de grandes áreas públicas até agora ainda fora desse mercado. Além disso, os investimentos nessa área não pararam. Hoje, alguns dos principais bancos brasileiros - do BTG ao Santander - têm participações em empresas que geram ou comercializam créditos de carbono. E grandes corporações, como Marfrig, Suzano e Vale também já anunciaram um projeto próprio. Até a Carbonext recebeu um aporte recente da Shell. Neste episódio, a Janaina fala sobre a decisão de entrar em uma parceria com a petroleira e também sobre o potencial e os desafios da geração de créditos de carbono nas florestas do Brasil. — O EDF é publicado quinzenalmente às quintas. Siga esse podcast no seu tocador para não perder nenhum episódio e, se quiser falar comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com . Support the show…
Do ouro no período colonial ao minério de ferro no século XX, a mineração esteve ligada às grandes fases de expansão econômica do Brasil. Agora o setor se prepara para mais um boom . Desta vez, o interesse está nos chamados minérios estratégicos, aqueles necessários para fazer a transição energética e deixar os combustíveis fósseis no passado. O Brasil é o maior produtor de nióbio do mundo - um metal importante para a fabricação de turbinas eólicas - e tem grandes reservas de grafite, manganês e níquel, minérios-chave para a produção de baterias. O país também tem um quinto das reservas mundiais de terras raras, elementos químicos usados em motores de veículos elétricos, por exemplo. Mas se os minérios do Brasil podem ajudar o mundo nos esforços contra as mudanças climáticas, tirá-los debaixo da terra pode causar outros problemas. A mineração é uma atividade de alto impacto ambiental e social. E quando as coisas dão errado, o potencial é catastrófico, como mostraram os casos de Mariana e Brumadinho. Este episódio é uma conversa sobre a difícil tarefa de descarbonizar o planeta, mas sem destruir seus ecossistemas e o modo de vida de comunidades no meio do caminho. Meu entrevistado é Bruno Gomes, sociólogo com anos de experiência em projetos de desenvolvimento socioeconômico em municípios brasileiros. Ele é fundador da Humana, entidade que integra o Grupo de Trabalho da Mineração na iniciativa Uma Concertação pela Amazônia. O grupo prepara uma agenda para conciliar exploração mineral e desenvolvimento sustentável na Amazônia. Durante a entrevista, nós conversamos sobre: o potencial da mineração no Brasil, a questão dos minérios em terras indígenas, o atual ambiente regulatório para a atividade e formas de minimizar a maldição dos recursos naturais. Aqui vai uma prévia: é preciso preparar a economia, desde já, para quando o boom dos minérios acabar. -- O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocar. E para entrar em contato comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com . Support the show…
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1 Capital como motor da transformação: a história da Sitawi 25:02
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Na sua definição clássica, investimento é uma aplicação de recursos para a qual se espera um retorno financeiro no futuro. Mas tem um grupo cada vez maior de indivíduos e de instituições que vê o capital como vetor de transformação e que, além do lucro, espera gerar também resultados sociais e ambientais. No ano passado, os investimentos de impacto ultrapassaram a marca histórica de 1 trilhão de dólares no mundo todo. Mas 70% desses investidores estão nos países desenvolvidos da América do Norte e da Europa. O episódio de hoje é sobre uma iniciativa que trabalha para a popularização dos investimentos de impacto no Brasil. Meu entrevistado é Leonardo Letelier, da Sitawi Finanças do Bem. Ele está à frente da plataforma de empréstimos coletivos que já ofereceu cerca de 30 milhões de reais para empresas e outras organizações, como cooperativas. Nessa conversa, ele explica como funciona a avaliação de risco desses negócios. Muitos deles não receberiam recursos de bancos tradicionais - pelo menos não nas condições oferecidas pelas Sitawi. Neste episódio você ainda vai aprender sobre produtos financeiros de impacto mais complexos, destinados ao mercado de capitais, e sobre outras formas de usar o capital para o bem, como doações. Aqui nós conversamos sobre fundos filantrópicos e endowments , uma alternativa incomum no Brasil, mas bastante usada nos Estados Unidos para garantir a perenidade de instituições financiadas pela filantropia. — O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. Se quiser entrar em contato comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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Uma fonte de energia limpa, segura, praticamente ilimitada e muito mais eficiente do que tudo que a humanidade já foi capaz de produzir: essa é a promessa da fusão nuclear. Ao contrário da fissão , que já é usada hoje por muitos países, a fusão simula o processo de produção de energia que acontece dentro das estrelas. Esse método tem um risco muito menor de acidentes e não gera aquele tipo de lixo que se mantém radioativo por milhares de anos. A fusão nuclear é a energia do futuro - mas já faz tempo. Há pelo menos 70 anos, cientistas trabalham no seu uso comercial. Recentemente o setor ganhou fôlego novo. As pesquisas, que antes estavam restritas aos laboratórios de universidades e institutos, passaram a atrair também investimentos privados, que já somam US$ 4,7 bilhões. Até Bill Gates e Jeff Bezos já apostaram na tecnologia. Os times por trás da maioria desses projetos privados esperam produzir eletricidade por meio da fusão nuclear já na próxima década. Essa é uma meta super ambiciosa porque, para tornar essa tecnologia viável, ainda é necessário fazer pesquisa básica. Mas o fato é que, mantido o atual nível de interesse, é razoável imaginar que a fusão nuclear vai ter um papel importante na segunda metade deste século - e é difícil exagerar suas implicações econômicas e geopolíticas. Esse deve ser um divisor de águas na história da humanidade, especialmente em meio à emergência climática. Só pra deixar claro: não dá tempo de esperar pela fusão nuclear. Os efeitos das mudanças climáticas já estão sendo sentidos e a gente precisa parar de queimar combustíveis fósseis o quanto antes. Mas a promessa da fusão nuclear é de abundância e estabilidade, porque essa fonte não é afetada por intempéries como no caso da energia solar, eólica e hidrelétrica - da qual o Brasil depende tanto. O entrevistado desse episódio é Vinícius Njaim Duarte, pesquisador no laboratório de plasma da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e um dos principais cientistas brasileiros envolvidos nos estudos da fusão nuclear. Nesta conversa, ele explica de forma acessível como a tecnologia funciona e os principais obstáculos para o seu uso em larga escala. Ele ainda faz um exercício para imaginar como seria o mundo pós-fusão nuclear. -- O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para ser notificado sobre novos episódios, siga esse podcast no seu tocador. Se quiser falar comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 Uma década crucial para o clima: o novo relatório do IPCC 25:51
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Nesta semana, saiu a maior atualização de tudo o que a ciência sabe, até agora, sobre o clima. É um resumo dos últimos seis relatórios do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas ligado às Nações Unidas. Esse ciclo de relatórios começou em 2015, quando mais de 200 países se comprometeram a conter o aumento da temperatura média global a 2°C - ou, como diz o texto do Acordo de Paris, idealmente a 1,5°C - até o fim deste século. Pois bem, o relatório-síntese do IPCC que saiu agora deixa claro que a década atual representa a última chance de atingir essa meta. A janela de oportunidade para evitar os piores efeitos do aquecimento global está se fechando - e rápido. Este episódio é uma análise do resumão do IPCC. São 37 páginas, que sintetizam 10.000 páginas de outros pareceres e mais de 50.000 estudos científicos. Apesar de não trazer nenhum fato novo, o relatório vai influenciar a criação de políticas públicas, as negociações internacionais, as decisões de empresas e de investidores e até os movimentos sociais ao redor do mundo nos próximos anos. Minha convidada é Thelma Krug, pesquisadora brasileira e vice-presidente do IPCC para esse ciclo de estudos. Ela diz que, de fato, não estamos no caminho para atingir a meta de 1,5°C. Ela também cita as principais estratégias já disponíveis para cortar emissões - mas avisa que, possivelmente, isso não deve ser o suficiente. Na opinião dela, teremos que contar com a ajuda da tecnologia para sugar CO2 da atmosfera e depositá-lo debaixo da terra. – O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para ser notificado sobre novos episódios, siga esse podcast no seu tocador. Se quiser entrar em contato comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 Adaptação climática: como se preparar para as chuvas dos próximos verões 30:32
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Pelo que se tem registro, nunca caiu tanta chuva em tão pouco tempo no Brasil como durante esse carnaval no litoral norte de São Paulo. Mais de 60 pessoas morreram, mais de 2.000 tiveram que deixar as suas casas. Apesar de extremo, esse tipo de evento climático não é mais incomum. Só para citar os casos mais recentes, houve a inundação de Joinville em 2018 e mais de 900 mortos na região serrana do Rio em 2011. Isso sem falar nas inundações de larga escala em Recife e Petrópolis no ano passado. Só por conta desses dois últimos episódios, o primeiro semestre de 2022 registrou 25% de todas as mortes pelos efeitos das chuvas dos últimos dez anos. Como já se sabe que eventos climáticos desse tipo devem se repetir no futuro, a pergunta é: como podemos nos preparar? Nos dias seguintes à tragédia no litoral de São Paulo, muito se falou de sistemas de alarme para que pessoas em áreas de risco deixem suas casas a tempo. Mas políticas robustas de adaptação às mudanças climáticas vão muito além disso. Elas envolvem desde obras a planos de contingência e até mudanças na agricultura - mas todas essas medidas disputam recursos com várias outras políticas, de mais curto prazo, que o Brasil também precisa. É exatamente sobre as dificuldades para decidir como investir na adaptação climática, que eu converso com o matemático Sérgio Margulis. Ele foi economista de meio ambiente no Banco Mundial por mais de 20 anos e hoje é pesquisador associado ao Instituto Internacional para a Sustentabilidade e economista-chefe da iniciativa Convergência pelo Brasil. O Sérgio participou de um esforço para mapear os riscos climáticos ao que o país está exposto quando esteve no governo federal em 2013, mas as sugestões do relatório que ele promoveu nunca foram adotadas de forma abrangente. Nessa conversa, ele fala sobre os resultados desse trabalho e também de outro estudo do qual ele participou, sobre as infraestruturas cruciais do Brasil mais suscetíveis ao clima. Essa entrevista ajuda a ampliar a discussão sobre adaptação climática para além das medidas mais emergenciais depois de catástrofes - especialmente agora que o governo já sinalizou que pretende criar um novo Plano Nacional de Adaptação ao Clima. O que nós temos é de 2016 e não reflete mais a realidade dos nossos desafios. – O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente às quintas, para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. Se você quiser falar comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com . Support the show…
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
1 Mercado global de carbono: o que falta para essa ideia deslanchar 28:37
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Novos produtos e novos mercados costumam nascer de forma mais ou menos orgânica. Alguém lança uma inovação, consumidores aderem, concorrentes reclamam, agentes reguladores entram em ação. Claro que na realidade esse é um processo um pouco mais complicado; tem tensões, tem vai e vem. Mas o jogo é esse: trata-se de um processo constante de construção e ajustes. O que está acontecendo agora com o mercado global de carbono, é diferente. As especificações do produto, as regras, as exceções, a governança: tudo está sendo criado ao mesmo tempo e em escala global. Para complicar, trata-se de uma commodity super abstrata, que ninguém vê. E, não dá pra esquecer, estamos no meio de uma emergência climática e o trabalho tem que ser feito o mais rápido possível. Este episódio é uma entrevista com Caroline Dihl Prolo, advogada especializada em mudanças climáticas e fundadora da rede de juristas La Clima. A Caroline ajudou o grupo de países menos desenvolvidos nas negociações da COP 27 e acompanha de perto a criação do mercado global de carbono. Eu não vou mentir pra você, esse é um episódio denso, daqueles para se concentrar mesmo. Mas vale a pena: não é todo dia que a gente vê um setor inteiro da economia sendo desenhado. Em especial um que pode beneficiar diretamente o Brasil. Em 25 minutos, você vai aprender o que é o artigo 6 do Acordo de Paris, quais os entraves para a sua implementação e as possíveis consequências para o mercado voluntário de carbono. -- O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para críticas e sugestões, meu email é podcast@economiadofuturo.com . Support the show…
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
1 Lei antidesmatamento da Europa e seus impactos no Brasil 28:43
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Uma decisão tomada em Bruxelas no final do ano passado deve impactar profundamente o agronegócio no Brasil. É a lei antidesmatamento, que impede a entrada na União Europeia de commodities como soja, carne e madeira que tenham origem em florestas tropicais desmatadas recentemente. E não interessa se o desmatamento aconteceu legalmente. Vários países - o Brasil inclusive - permitem algum nível de desmatamento, mas a legislação europeia é mais rígida que a de muitos produtores de commodities. A lei antidesmatamento é apenas um exemplo da nova política externa europeia, que tem usando o peso de seus mercados consumidores para influenciar a adoção de critérios socioambientais mais rigorosos ao redor do mundo . Essa é uma postura que tem sido recebida com ceticismo por muitos. No ano passado, um grupo de países exportadores de commodities, entre eles o Brasil, questionou a lei antidesmatamento na Organização Mundial do Comércio. O argumento é que se trata de uma legislação protecionista. O setor agropecuário brasileiro classificou a medida como "unilateral" e, segundo a imprensa alemã, até o presidente Lula, que se comprometeu em acabar com o desmatamento, teria se queixado da nova regra para o chanceler Olaf Scholz em visita recente ao Brasil. O fato é que o parlamento europeu anunciou em dezembro ter chegado a um acordo a respeito da legislação. A Comissão Europeia tem agora 18 meses para classificar países exportadores por categoria de risco. O principal receio do agro é que o Brasil seja classificado como área de “alto risco”. Isso aumentaria o trabalho de auditoria - e o risco de multa - dos operadores e importadores. Ou seja: seria um desincentivo para trabalhar com o Brasil. Para entender como a nova regra europeia deve impactar o Brasil, eu converso com Tiago Reis, líder de engajamento da Trase na América do Sul. A Trase é uma rede internacional de organizações da sociedade civil e universidades que mapeia o comércio de commodities expostas ao desmatamento em países tropicais. Nesta entrevista, a gente conversa sobre o escopo, as consequências práticas e o contexto para a legislação - porque a União Europeia não deve ser a última região do mundo a impedir a importação de commodities com origem no desmatamento. -- O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para críticas e sugestões, meu email é podcast@economiadofuturo.com . Support the show…
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Nos últimos dias, fotos de crianças esquálidas rodaram o mundo e chamaram a atenção para a grave crise sanitária na Terra Indígena Yanomami, entre os estados do Amazonas e de Roraima. Nos últimos quatro anos, 570 pequenos indígenas morreram de causas evitáveis dentro de um território protegido por lei. A situação de calamidade está diretamente relacionada ao aumento do garimpo ilegal, que contamina o ecossistema local e espalha doenças. Parte da explicação para essa cenário é conhecida: durante o governo Bolsonaro, estruturas de fiscalização foram desmontadas e vários sinais políticos de permissividade foram enviados. Mas essa é apenas parte da história. Em um contexto de demanda aquecida pelo ouro em mercados internacionais, a legislação frouxa no Brasil é um incentivo ao crime. Neste episódio, eu entrevisto Larissa Rodrigues, gerente de portfólio do Instituto Escolhas, uma organização sem fins lucrativos que investiga a cadeia produtiva do ouro. Estudos recentes do instituto revelam um negócio marcado pela falta de controles. Garimpeiros auto-declaram a origem do produto e geram títulos-fantasma sem qualquer comprovação. Já as empresas compradoras, que são reguladas pelo Banco Central, têm a proteção de um arcaico sistema de acordos de "boa fé" que as isentam de responsabilidades. Segundo o Instituto Escolhas, metade dos quase 5 bilhões de dólares em ouro exportados por ano pelo Brasil têm irregularidades em sua cadeia de produção. Entre os principais mercados compradores estão o Canadá, a Suíça e o Reino Unido. Durante a entrevista, nós conversamos não só sobre os problemas, mas também sobre possíveis soluções (que têm muito mais a ver com uma nova burocracia do que com operações de comando e controle). Aqui vão algumas delas: a digitalização de documentos, um sistema de rastreamento baseado em blockchain, e uma atualização da atual legislação. -- O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para críticas e sugestões, meu email é podcast@economiadofuturo.com. Support the show…
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
O ano de 2023 mal começou e já tem duas datas que vão ficar para a história. Teve o primeiro de janeiro, com a posse de Lula, que representou uma virada de 180 graus na política brasileira com destaque para a agenda ambiental. E teve o oito de janeiro, que foi uma reação violentíssima à essa mudança. Depois dos ataques de golpistas aos prédios dos três poderes, o Brasil se encontra em estado de emergência. Mas mesmo nesse ambiente, é preciso continuar falando das políticas públicas, das propostas e dos desafios a serem enfrentados para a construção de um novo Brasil. Nesse episódio, eu converso com Ana Toni, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade. Nós falamos sobre a estrutura de governança da gestão Lula. Dos 31 ministérios, 11 têm agora atribuições socioambientais, sem falar no próprio Ministério do Meio Ambiente - que agora se chama Meio Ambiente e Mudança do Clima. Essa é a chamada "transversalidade", palavra usada com frequência pela ministra Marina Silva para mostrar que a descarbonização e a proteção ao meio ambiente vão cruzar várias pastas na burocracia federal. Além dos sinais políticos já enviados por Lula, a gente falou também sobre o que ainda precisa ser feito para criação de uma economia verde. E aqui está uma pequena prévia: tudo começa com a ordenação do uso da terra. – O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para não perder nenhum episódio, siga esse podcast no seu tocador. Assim você é notificado automaticamente. E se você quiser falar comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com. Support the show…
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1 COP Bio: acordo histórico para preservar a vida na Terra 29:06
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A COP da Bio chegou ao fim com um compromisso global para interromper a trajetória de perda de biodiversidade na Terra. O Marco Global da Biodiversidade de Kunming-Montreal é um resultado histórico, comparável ao Acordo de Paris, que conseguiu reunir quase 200 países ao redor da meta de limitar o aquecimento global a 1,5 grau. Como de costume nessas conferências da ONU, as negociações foram marcadas por impasses e madrugadas de trabalho intenso. Mas o marco global veio na hora certa: ecossistemas inteiros estão sendo destruídos em ritmo sem precedentes, o que tem transformando o planeta em um ambiente cada vez menos seguro para os próprios seres humanos. No último episódio desta cobertura especial, Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, conta os bastidores das últimas horas de conferência. Ele também explica o que está por trás das principais metas do Marco Global da Biodiversidade e qual deve ser o seu impacto para países e empresas. -- O Economia do Futuro volta no dia 12 de janeiro com entrevistas com os pioneiros da nova economia. Episódios novos serão publicados às quinta-feiras, quinzenalmente. Obrigada pela sua atenção em 2022 e até o ano que vem! -- Críticas? Sugestões? podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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1 COP Bio: créditos da biodiversidade, meta 30x30 e quem lucra com o DNA das florestas 28:34
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A COP da Biodiversidade já está nos seus últimos dias, mas até agora nenhum sinal de acordo em pontos-chave do Marco Global da Biodiversidade. Comparado ao Acordo de Paris, esse é o documento que deve guiar os esforços globais na preservação e restauração de ecossistemas. Nesse episódio, Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, explica os principais entraves. Nós falamos sobre a meta 30 por 30, sobre créditos da biodiversidade e sobre a repartição de lucros provenientes de produtos como medicamentos que foram produzidos com o DNA de espécies da biodiversidade. A gente também traz uma entrevista com o professor Bráulio Dias, representante do governo de transição na conferência e ex-secretário executivo da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica. *Acompanhe a cobertura completa da COP15 no Reset: www.capitalreset.com *Para críticas e sugestões, escreva para o email podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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Uma COP mal terminou e outra já está em andamento. A COP15 da Biodiversidade da ONU entra, nesta segunda-feira, na sua última semana. Negociadores de 196 países estão reunidos em Montreal (Canadá) para criar o Marco Global da Biodiversidade. Trata-se de um conjunto de metas para reverter a perda de biodiversidade até 2030 e estabelecer um convívio mais harmonioso entre humanos e natureza até 2050. Esse não é um objetivo trivial. O marco é frequentemente comparado ao Acordo de Paris, um divisor de águas na cooperação internacional pela mitigação do aquecimento global. Um ponto central nessas discussões é quem paga a conta para a preservação da natureza. A maior parte da biodiversidade se concentra exatamente em países em desenvolvimento e com menos recursos disponíveis. O Brasil lidera um grupo de quase 70 nações que pedem US$ 100 bilhões ao ano para a biodiversidade até 2030. -- Acompanhe a cobertura completa da COP Bio no Reset: www.capitalreset.com Support the show…
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A parceria do Economia do Futuro com o site de notícias Reset volta ao seu feed a partir da próxima segunda, dia 12. Nós vamos cobrir mais uma COP, mas dessa vez é a COP 15, a convenção da ONU para tratar da biodiversidade. Quem vai me ajudar nessa tarefa, como da vez passada, é o Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset. Acompanhe a cobertura completa no site do Reset: www.capitalreset.com Support the show…
A COP 27 terminou neste domingo com um acordo para compensar financeiramente os países mais vulneráveis às mudanças climáticas. Mesmo sem detalhes de como esse mecanismo vai funcionar, o resultado foi celebrado e abriu caminho para responsabilizar os países ricos e mais industrializados por suas emissões de gases do efeito estufa ao longo da história. Mas ainda ficou bastante frustração no ar. Não há, no texto final, um comprometimento com a redução do uso de todos os combustíveis fósseis e também não houve muito avanço nas metas de reduções de emissões. No último episódio dessa cobertura especial, Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, me ajuda a fazer um balanço dessa COP. -- Para a cobertura completa da COP 27, acesse www.capitalreset.com Support the show…
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1 COP 27: indefinições na reta final, mais Lula e petróleo "verde" 21:46
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Sexta-feira: oficialmente, esse era para ser o último dia de COP. Mas já está claro que as negociações devem continuar pelo final de semana adentro. Um resumo do chamado texto de capa, um documento que deveria resumir o consenso político obtido em Sharm el-Sheikh, saiu tarde e com linguagem bastante vaga. Até a noite de quinta, o texto mais parecia uma longa lista de desejos. Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, conversou comigo sobre as indefinições na COP a essa altura do campeonato. Nós também falamos sobre o encontro de Lula com grupos da sociedade civil e sobre a tentativa de transformar o petróleo em um produto verde. -- Acompanhe a cobertura completa da COP27 no Reset: www.capitalreset.com Support the show…
Quarta-feira foi o dia de Lula na COP. Teve multidões, teve empurra-empurra e teve até música de campanha em Sharm el-Sheikh. Em discurso, Luis Inácio Lula da Silva prometeu não só uma mudança de 180 graus na atual política climática brasileira, como revelou a sua ambição: ocupar a função de facilitador entre países ricos e pobres. Lula disse que vai cobrar que nações desenvolvidas paguem o que prometeram em COPs anteriores e pediu urgência na definição de novos mecanismos de financiamento climático. Sérgio Teixeira, editor do Reset, estava lá e traz os detalhes e os bastidores. O episódio de hoje é mais curto, focado apenas na passagem de Lula pela COP. -- Acompanhe a cobertura completa da COP no Reset: www.capitalreset.com Support the show…
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
1 COP 27: 1,5 grau em xeque, emissões de metano e a chegada de Lula 27:35
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Chegamos ao dia 9 da COP e a meta do Acordo de Paris para limitar o aquecimento global a 1,5 grau começa a ser questionada - politica e cientificamente. A pressão continua para que países ricos aumentem o financiamento aos países pobres. Até agora, vários pacotes de ajuda foram anunciados, mas nada perto das perdas reais que economias mais vulneráveis já estão observando. Eu converso com Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, sobre a expectativa ao redor do pronunciamento de Lula, que já está em Sharm el-Sheikh. A gente também fala sobre o discurso ressentido do ministro do meio ambiente Joaquim Leite e sobre um - relatório que dá nome aos bois quando o assunto é metano. -- Acompanhe a cobertura completa da COP27 no Reset: www.capitalreset.com Support the show…
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1 COP 27: Marina Silva, entraves e créditos de carbono 29:07
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Começa hoje a segunda e última semana da COP 27 - e a pressão aumenta para que diplomatas cheguem a compromissos concretos entre os 198 países participantes. Mas isso não será fácil. De um lado, países pobres pedem recursos para perdas e danos, uma espécie de indenização por prejuízos causados pelo clima. De outro, países ricos, em um momento de aumento da inflação, crise energética e fragilidade econômica, tentam se esquivar. Sérgio Teixeira Jr., editor do Reset, conversou com observadores dessas conversas e conta os bastidores. E no episódio de hoje ainda tem a visão da Marina Silva sobre a Petrobrás - que, segundo ela, deve se tornar uma empresa de energia e não só de petróleo. A gente também falou sobre a iniciativa de um grupo de grandes empresas no Brasil para restaurar e conservar 4 milhões de hectares de florestas nativas por meio de créditos de carbono. E tem o nosso comentário sobre Joe Biden na COP. --- Acompanhe a cobertura completa da Convenção do Clima da ONU no site do Reset: www.capitalreset.com Support the show…
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
1 COP 27: Opep das florestas, greenwashing e hidrogênio verde 29:15
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Estamos chegando no final da primeira semana da COP. Até agora, líderes de países pobres fizeram apelos pela ajuda financeira de países ricos. Já os EUA apresentaram um plano para que empresas também ajudem a pagar essa conta. Mais concretamente, o Brasil, a Indonésia e a República Democrática do Congo acabam de anunciar a criação da aliança dos países detentores das maiores florestas tropicais do mundo. A intenção é negociar em bloco pela remuneração da proteção dessas florestas. Sérgio Teixeira, editor do Reset, conta o que já se sabe sobre essa aliança. A gente também fala sobre greenwashing, sobre a proposta das grandes traders de commodities para manter as suas atividades em linha com o Acordo de Paris, e sobre hidrogênio verde. Também tem os bastidores em Sharm el-Sheikh e uma discussão sobre os protestos pelo clima cada vez mais radicais na Europa. Acompanhe a cobertura completa da COP no Reset: www.capitalreset.com Support the show…
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
1 COP 27: dinheiro para países pobres e o efeito Lula 22:47
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O primeiro dia de negociações da COP foi marcado pela inclusão do tema de perdas e danos na pauta oficial. Trata-se da ideia de que países ricos, tendo emitido a maior parte dos gases de efeito estufa, deveriam pagar uma espécie de indenização aos países pobres que já sofrem com as consequências de um planeta mais quente. Dar destaque para o assunto é um avanço significativo: esse era o elefante na sala das negociações internacionais fazia 30 anos - mas não garante que haverá um acordo. Nações ricas têm se mostrado bastante reticentes. Não só há o risco de abrir um precedente para pedidos de reparação histórica, como gastos extras não caem bem no atual contexto econômico inflacionário e de maior endividamento dos países. Nesse episódio, a gente fala sobre o apetite de países ricos para novos planos de financiamento climático e também sobre a grande expectativa ao redor da participação do novo Brasil que chega à essa COP. Quem traz a análise e os bastidores dos avanços em Sharm el-Sheikh é Sérgio Teixeira Júnior, editor do Reset, o site de notícias sobre negócios sustentáveis. Acesse www.capitalreset.com para a cobertura completa da COP27. Support the show…
No ano passado, quando líderes mundiais se reuniram para discutir a emergência climática na COP 26, as circunstâncias não eram exatamente favoráveis. O mundo vivia a ressaca de uma pandemia, que tinha ceifado mais de 5 milhões de vidas, reduzido a atividade econômica global em dois trilhões de dólares e tinha deteriorado as finanças públicas de países ricos e pobres. Pois bem, chegou a hora de quase 200 países se encontrarem de novo. Dessa vez na COP7, no Egito. E a conjuntura global piorou. A invasão russa da Ucrânia já dura nove meses. A Europa, que sempre foi protagonista nas políticas de mitigação do aquecimento global, está ocupada com uma grave crise energética. Voltou até a reativar usinas de carvão, uma fonte de energia suja que estava sendo eliminada do sistema. Isso sem falar no aumento persistente da inflação nas principais economias do mundo. Mas esperar que as coisas se acalmem pra depois pensar no clima, não é uma alternativa. Um relatório novo das Nações Unidas mostra que, mesmo que os países cumpram as metas de reduções de emissões com as quais se comprometeram no Acordo de Paris, o planeta estará entre 2,4 e 2,6 graus mais quente até o fim do século. Ou seja, bem acima da meta entre 1,5 grau e 2 graus com a qual esses países se comprometeram. É por isso que o senso de urgência dessa COP é maior que nunca. Para o Brasil, em particular, esse evento deve ser um divisor de águas. Depois de quatro anos de recordes no desmatamento que levaram o país à posição de pária da comunidade internacional, Lula deve comparecer à COP e levar uma robusta agenda climática consigo. A ex-ministra do meio-ambiente e deputada federal eleita Marina Silva também estará lá. Mas, oficialmente, ainda é o governo Bolsonaro que representará o Brasil na mesa de negociações. E é esse governo que terá de explicar o descumprimento às metas do Acordo de Paris, do qual o Brasil é signatário. No episódio de hoje eu converso com Stela Herschmann, especialista em política climática do Observatório do Clima. Ela fala sobre o papel do Brasil na COP27 e sobre os temas mais importantes - e mais espinhosos - na pauta desse encontro. A começar pelo financiamento aos países pobres para adaptação a um clima mais quente. -- Esse é o primeiro episódio da cobertura especial da COP 27, que acontece em parceria com o Capital Reset , o site de notícias sobre investimentos e negócios sustentáveis. A partir da semana que vem, o Sérgio Teixeira, editor do Reset, participa dessa cobertura direto de Sharm El-Sheikh, no Egito. Para não perder nenhum detalhe, siga o podcast no seu player. E se você quiser contribuir para uma discussão mais construtiva sobre o clima, recomende para um amigo. Support the show…
Você já deve ter percebido que, a cada ano que passa, a crise climática se torna mais urgente. E para resolver um problema desse tamanho, só com a cooperação de boa parte do planeta. É por isso que eu quero te convidar para acompanhar o desenrolar da COP 27, a convenção das Nações Unidas onde quase 200 países tentam chegar num acordo para frear o aquecimento global. A cobertura começa no dia 3 de novembro e será feita em parceria com o Capital Reset, site de notícias sobre negócios e investimentos sustentáveis. Ainda não conhece o jornalismo do Reset? Então acesse www.capitalreset.com e assine a newsletter. Support the show…
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
Para criar uma nova economia, de carbono zero, a gente precisa criar primeiro uma nova burocracia. Eu explico: quando bem desenhadas, regras e leis têm o poder de impor limites aos emissores de gases do efeito estufa e criar incentivos para aqueles que evitam emissões. Até agora, uma das principais ferramentas para fazer exatamente isso são os créditos de carbono, um mecanismo que vem sendo aprimorado faz 30 anos. A lógica é a seguinte: quando uma empresa emite gases do efeito estufa, isso causa danos para toda a sociedade, globalmente. Então, colocar um preço nesses gases, é a forma mais óbvia de fazer o emissor arcar com a sua responsabilidade. Além disso, esse é um incentivo, para que, na economia, em geral, se emita menos. O mecanismo de precificação pressupõe - como você deve ter imaginado - a existência de um mercado. Na verdade, existem dois. O voluntário e o regulado. O voluntário é formado por empresas que decidem, por uma questão de imagem, compensar suas próprias emissões. Nesse caso não costuma haver muita regulação. Mas também existe o mercado regulado - e é disso que nós vamos falar nesse episódio. Aqui trata-se de governos que estabelecem por lei limites de emissões para diversos setores da economia e permitem que as empresas comprem e vendam créditos de carbono entre si de modo a ficar dentro desses limites. O Brasil está discutindo agora a arquitetura do seu mercado regulado. Essa é uma fase importante porque as decisões que o Brasil tomar agora vão impactar o sucesso das nossas políticas de mitigação da crise climática. No episódio de hoje, eu converso com Natalia Renteria, head of policy na Mombak, uma empresa de remoção de carbono da atmosfera. A Natália é uma das principais especialistas em créditos de carbono no Brasil. Até poucos meses atrás, ela estava no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que contribuiu ativamente para o projeto de lei em estágio mais adiantado de tramitação para criar um mercado regulado de carbono no Brasil. O último ano foi marcado por uma novela de avanços e retrocessos nessas discussões, que envolveram vários setores da sociedade. O status atual é: o PL não deve ser votado até as eleições de outubro. Para o autor do projeto, o deputado Marcelo Ramos, do PSD do Amazonas, o problema é a resistência do governo. O mesmo governo trilhou um caminho paralelo e divulgou em maio um decreto sobre o tema, que traz uma lógica nova, diferente do que estava sendo discutido. Nessa entrevista, Natália explica cada uma dessas propostas e conta os bastidores desse vai e vem das negociações. Ela também fala da importância da criação de um mercado regulado. Para adiantar: tem a ver com a competitividade da nossa indústria. ---- Esse é o último episódio da primeira temporada de Economia do Futuro. Por aqui é verão, eu vou tirar férias, preparar episódios exclusivos, e volto no fim do ano. No meio tempo, se você curte esse podcast, siga no seu tocador, indique para seus amigos. Isso é super importante para a sustentabilidade desse projeto. Críticas? Sugestões? Escreva para podcast@economiadofuturo.com Referências: https://www.capitalreset.com/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-creditos-de-carbono-e-nao-sabia-como-perguntar/ https://www.capitalreset.com/projeto-do-mercado-de-carbono-nao-deve-ser-votado-este-ano-diz-autor/ https://ec.europa.eu/clima/eu-action/eu-emissions-trading-system-eu-ets_en#a-cap-and-t Support the show…
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
1 Saneamento básico: como tirar o atraso de séculos do Brasil 24:24
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Imagina um lugar onde 35 milhões de pessoas não têm acesso a água potável e precisam, em muitos casos, andar quilômetros e equilibrar baldes na cabeça para garantir o próprio abastecimento. Nesse mesmo lugar, há 100 milhões de pessoas que não têm acesso a coleta e tratamento de esgoto - o que expõe a população a uma série de doenças que a humanidade já aprendeu a evitar faz séculos. Pois esse lugar é o Brasil dos dias de hoje. Nesse episódio, a gente vai explorar por que o Brasil - um país de renda média e uma das maiores economias do mundo - ainda tem tanta gente presa em um esquema medieval de saneamento. Esse cenário é ainda mais absurdo quando se leva em conta a quantidade de inovação nesse setor - porque, sim, também há disrupção no saneamento básico. Aqui a gente vai falar do projeto do Bill Gates que há dez anos tenta reinventar o vaso sanitário e também de uma nova forma de ver o excremento humano. Ao invés de tratá-lo apenas como resíduo, já há experiências em algumas cidades ao redor do mundo em que esgoto é transformado em biogás que serve, por sua vez, para a geração de energia elétrica. Minha entrevistada é Renata Ruggiero, diretora presidente do Instituto Iguá, que é ligado à Iguá Saneamento, uma empresa privada do setor. Um dos projetos da Renata foi a criação do fundo IPU, que hoje reúne filantropia e capital privado para acelerar startups e organizações sociais. Críticas? Sugestões? Escreva para podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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
Mais de 700 das 2.000 maiores empresas do mundo, se comprometeram publicamente a zerar suas emissões de gases do efeito estufa nas próximas décadas. Elas divulgaram suas metas de net zero ou carbono zero - termos que você deve ter começado a ouvir mais e mais recentemente. Por exemplo, a Nestlé e a Shell se comprometeram a zerar suas emissões até 2050, a brasileira JBS até 2040, o Facebook e a Siemens, até 2030. Mas o "net zero" está virando um daqueles termos que começam a ser repetidos, como se todo mundo soubesse do que se trata. Nesse episódio você vai entender o que é exatamente o carbono zero - porque, pelo menos por enquanto, não é possível que empresas operem sem emitir carbono algum como o termo sugere. E nesse ambiente de pouca clareza, tem muita empresa divulgando metas de pouca credibilidade. Meu entrevistado é João Lampreia, diretor da Carbon Trust, uma consultoria sem fins lucrativos que ajuda empresas e governos na transição para uma economia de baixo carbono. O João está na linha de frente, ajudando dezenas de empresas nesse processo de estabelecimento de metas para o net zero. Nessa conversa, ele fala não só dos esforços para medir e divulgar o efeito das empresas no clima como também o contrário: como os riscos climáticos afetam os negócios das empresas. Estima-se que 2,5 trilhões de dólares em ativos financeiros globais estariam em risco se as temperaturas aumentarem mais de 2,5 graus até 2100. Ou seja, se essas informações sobre o risco climático não entrarem nos cálculos de bancos e seguradoras, é a estabilidade do sistema financeiro que entra em risco. Para você que já está mais a par das novas regras de transparência para empresas, vamos falar aqui de SBTi, TCFD e a nova regulação do Banco Central sobre riscos climáticos. Mas se tudo isso é novo pra você, não se preocupe: o João é super didático e explica direitinho a sopa de letrinhas. – Críticas? Sugestões? Escreva para podcast@economiadofuturo.com Referências https://newclimate.org/resources/publications/corporate-climate-responsibility-monitor-2022 https://www.reuters.com/business/sustainable-business/report-casts-doubt-net-zero-emissions-pledges-by-big-global-companies-2022-06-12/ https://zerotracker.net/insights/pr-net-zero-stocktake-2022 https://ca1-eci.edcdn.com/reports/ECIU-Oxford_Taking_Stock.pdf?v=1616461369 Support the show…
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
Para descarbonizar a economia, precisamos mudar as nossas fontes de energia. Uma das estratégias mais promissoras é a chamada "eletrificação de tudo". Talvez você já deve ter ouvido o termo em inglês electrify everything . Isso significa usar eletricidade - desde que ela venha de fontes renováveis, claro - ao invés de queimar combustíveis fósseis. Um exemplo disso são os carros elétricos, que devem substituir no futuro aqueles movidos a gasolina. Mas a ideia é fazer isso além do transporte, em todas as outras áreas da economia: da indústria à construção. Só que essa mudança não é simples. Em alguns processos industriais e do transporte pesado, não dá pra ligar máquinas na tomada, esperar que elas carreguem ou usar baterias. Ou seja, não é possível eletrificar atividades diretamente - e é aí que surge o hidrogênio como um vetor de eletrificação indireta. O hidrogênio pode ser queimado ao invés de carvão em siderúrgicas para a produção de aço, pode substituir gás natural no aquecimento de casas e a amônia proveniente do hidrogênio pode ser usada como combustível no transporte marítimo de contêineres. Hoje, o hidrogênio já é usado na indústria, mas em sua variante mais suja, feita a partir do gás natural e do carvão. Esse é o hidrogênio cinza. Pois eis que agora, com o barateamento da energia solar e eólica, surge o hidrogênio verde. Quase vinte países já apresentaram planos de longo prazo para o investimento na cadeia do hidrogênio verde. A Alemanha está na liderança, com US$ 10 bilhões até 2030. Turbinado com a energia eólica do Atacama, o Chile trabalha para ter a maior capacidade instalada para produção de hidrogênio verde do mundo. E o Brasil? Com mais de 80% da sua matriz elétrica baseada em fontes limpas, condições naturais favoráveis para novas usinas solares e eólicas e infraestrutura portuária para exportação, o país é um candidato natural a protagonista nessa nova economia. No começo dessa semana, a Unigel, uma das maiores indústrias químicas da América Latina, anunciou o começo da construção da primeira fábrica de hidrogênio verde do Brasil, no polo petroquímico de Camaçari, na Bahia. No episódio de hoje, eu converso com Philipp Daniel Hauser, do E+ Transição Energética. Esse é um think thank brasileiro, financiado pela filantropia e, em parte, pelo governo da Alemanha. O Philipp é alemão e por coincidência, ele estava aqui em Berlim quando gravamos a entrevista. Mas ele estudou e fez sua carreira no Brasil. Uma das paradas dele foi na vice-presidência de transição energética na Engie, a maior empresa privada de energia no Brasil. Nessa conversa, ele explica como funciona o hidrogênio verde, conta sobre o atual estágio de barateamento dessa tecnologia e dá a sua opinião sobre o que o Brasil deveria fazer para ocupar uma posição de liderança no novo mapa geopolítico da energia que está sendo desenhado agora. Críticas? Sugestões? Escreva para: podcast@economiadofuturo.com Referências: https://emaisenergia.org/en/publicacao/desafios-e-oportunidades-para-o-brasil-com-o-hidrogenio-verde/ https://www.vox.com/2016/9/19/12938086/electrify-everything https://www.maersk.com/news/articles/2021/02/23/maersk-backs-plan-to-build-europe-largest-green-ammonia-facility https://regeneration.org/nexus/electri Support the show…
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
1 A startup brasileira que quer revolucionar a agricultura 27:48
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A agricultura que nós temos hoje é resultado da chamada Revolução Verde, que aconteceu nos anos 60. Na época, desenvolvimentos tecnológicos como fertilizantes químicos, mecanização do campo e o uso de variedades híbridas de plantas, aumentaram dramaticamente a produtividade de várias culturas agrícolas em países em desenvolvimento. O yield do trigo dobrou e do milho cresceu mais de 150%. Esse movimento evitou uma grave crise de desabastecimento que estava se desenhando com o aumento populacional. O cientista Norman Borlaug, que ficou conhecido como o pai da Revolução Verde, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1970 por ter ajudado a salvar mais de um bilhão de pessoas da fome. Foi no contexto dessa revolução, que o Brasil expandiu sua fronteira agrícola para o cerrado e tornou-se o grande exportador de commodities agrícolas que é hoje. Mas, como a gente sabe, a revolução verde também trouxe problemas. Com um modelo de produção intensivo em insumos, o campo tornou-se também intensivo em capital, prejudicando pequenos produtores. Pesticidas contaminaram pessoas e ecossistemas. E as monoculturas, apesar de mais eficientes no curto prazo, levam ao esgotamento do solo e aumentam os riscos de doenças no longo prazo. Hoje, temos que lidar não só com esses problemas como precisamos também dar um novo salto de produtividade. Até 2050, a população global vai aumentar em 2 bilhões de pessoas e eventos climáticos extremos, como secas, vão deixar tudo bem mais difícil. Esse é o tamanho do desafio na agricultura. Hoje eu vou contar pra você a história de uma startup brasileira que está trabalhando exatamente nessa fronteira. A Krilltech produz uma nono-molécula orgânica chamada arbolina, que aumenta a produtividade de mais de vinte culturas: 20% na soja, 12% no trigo, até 40% no tomate. Esse produto começou a ser vendido há pouco mais de um ano e já é usado em sessenta e cinco mil hectares no Brasil. Recentemente, a nanotecnologia foi descrita no Plano Nacional de Fertilizantes do governo federal como "uma alternativa promissora para impulsionar uma nova revolução agrotecnológica brasileira”. O documento citou a Krilltech nominalmente. Em entrevista, Diego Stone, CEO da Krilltech, explica como a arbolina funciona, conta do seu trabalho com pequenos produtores e revela os planos de crescimento para a empresa. Ele também fala da sua difícil trajetória de bootstrapping - mas com muito bom humor, como você vai notar nessa conversa. Críticas? Sugestões? Escreva para podcast@economiadofuturo.com Referências: https://www.harvardmagazine.com/2018/03/sustainable-agriculture-and-food-security https://www.nationalgeographic.com/foodfeatures/green-revolution/ https://www.capitalreset.com/o-nano-insumo-brasileiro-que-promete-uma-macro-revolucao-no-campo/ https://static.poder360.com.br/2022/03/plano-nacional-de-fertilizantes-brasil-2050.pdf Support the show…
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
Você já deve ter ouvido falar de aceleradoras de negócios. Essas estruturas, que juntam mentores e investidores, surgiram no Vale do Silício para impulsionar o crescimento de startups promissoras. Empresas como Airbnb, Dropbox e Reddit tiveram origem em programas como esses. Hoje, as aceleradoras de negócios se espalharam por pólos globais de empreendedorismo, como Tel Aviv, Berlim e São Paulo. Mas o que talvez você não saiba é que existe uma aceleradora de negócios no meio da Amazônia. Com um fundo de 25 milhões de reais, a aceleradora de impacto AMAZ tem hoje 18 empresas em seu portfólio. Essas startups são financiadas tanto pela filantropia, como pelo capital privado. Entre os investidores estão gente conhecida na Amazônia – como Denis Minev, CEO da varejista Bemol – e também fora dela, como Fersen Lambranho, presidente do conselho da firma de private equity GP Investimentos. As empresas que a AMAZ apóia precisam mostrar não só o seu potencial de viabilidade econômica - como é de praxe nesses programas de aceleração - mas também seu impacto socioambiental e sua capacidade de contribuir para uma economia da floresta em pé. Essa é uma abordagem bem nova para lidar com os problemas da Amazônia. Tradicionalmente, eram apenas os a academia, as ONGs e os governos que se preocupavam - alguns mais, outro menos - com as questões sociais e ambientais da região. No episódio de hoje, Mariano Cenamo, CEO da AMAZ, fala sobre as áreas de maior oportunidade para negócios sustentáveis na Amazônia assim como os desafios de operar na região. Ele também dá alguns exemplos de empresas que estão conseguindo evoluir a lógica tradicional de se fazer negócios: de empreendedores que convencem donos de propriedades a não desmatar a uma empresa que está levando os sabores da Amazônia para o resto do Brasil. Comentários? Sugestões? Meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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
1 Acabar com o desmatamento: uma oportunidade de US$18 bi para o Brasil 25:57
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Se você perguntar para um economista, a solução para o problema do desmatamento é clara: a floresta tem que valer mais dinheiro em pé que derrubada. Claro que há uma série de motivos para se preservar ecossistemas que vão muito além de ganhos financeiros, mas as ferramentas dos economistas costumam ser especialmente eficazes porque elas trabalham com incentivos poderosos. Faz 25 anos que um esquema de pagamento para a redução do desmatamento chamado REDD+ é discutido e aprimorado em fóruns internacionais das Nações Unidas. A sigla quer dizer Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation . O Brasil, que tem uma das maiores reservas de florestas tropicais do mundo, já teve algumas experiências com esquemas de REDD+ no passado. A mais importante delas foi o Fundo Amazônia, que desde 2008 recebeu mais de 1 bilhão de dólares em doações, principalmente dos governos da Noruega e da Alemanha. Mas esse fundo foi paralisado em 2019, depois que o governo Bolsonaro fez mudanças na gestão que vão contra regras pré-estabelecidas com os doadores. Desde então, nenhum novo projeto foi executado e, como a gente sabe, o desmatamento só aumentou. Mas o Fundo Amazônia é só uma parte da oportunidade que o Brasil perde se não participar de esquemas de REDD+. Há um grande esforço para viabilizar projetos mais ambiciosos em grandes áreas de floresta, chamados REDD jurisdicional. No episódio de hoje eu entrevisto Breno Pietracci, economista no Environmental Defense Fund, em Nova York. Junto com outros pesquisadores, Breno fez um estudo divulgado pela iniciativa Amazônia 2030 no mês passado. Em suma, eles concluíram o seguinte: eliminar o desmatamento na Amazônia poderia gerar receitas de pelo menos 18.2 bilhões de dólares pro Brasil em dez anos. Até agora, projetos de REDD+ limitavam-se a acordos bilaterais entre países baseados em doações. Mas o que está sendo criado é um mercado para créditos de carbono provenientes de REDD+ jurisdicional, com compradores e vendedores em escala global. Isso permite atingir valores bem mais altos pela floresta em pé. Nessa conversa, Breno explica como funciona o REDD+ jurisdicional e o que o Brasil deveria estar fazendo para participar desse mercado. Um pouco mais sobre as credenciais do Breno Pietracci: ele estudou a economia das mudanças climáticas em seu doutorado e pós-doutorado. O Environmental Defense Fund, onde ele trabalha hoje, é uma ONG que ficou conhecida por ter ajudado a banir o agrotóxico DDT nos Estados Unidos, e que recentemente participou da criação da arquitetura necessária para um mercado de REDD jurisdicional. Críticas? Sugestões? Escreva para podcast@economiadofuturo.com Algumas referências usadas nesse episódio: http://www.fundoamazonia.gov.br/export/sites/default/en/.galleries/documentos/rafa/RAFA_2021_en.pdf https://oeco.org.br/reportagens/brasil-perde-chance-de-receber-us-20-bilhoes-com-paralisacao-do-fundo-amazonia-diz-cgu/ https://www.spglobal.com/commodityinsights/en/market-insights/blogs/energy-transition/061422-jurisdictional-redd-carbon-markets Support the show…
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Quando eu digo "cacau da Bahia", o que vem à sua mente? Talvez você se lembre dos coronéis e dos jagunços de Jorge Amado. O livro Gabriela, Cravo e Canela é uma fotografia do sucesso do cacau no sul da Bahia no começo do século XX. Ou talvez você se lembre da novela Renascer dos anos 90, que mostrou uma fase bem diferente dessa história. O pano de fundo da trama foi a disseminação da vassoura de bruxa, uma doença que praticamente dizimou o cacau na região. A catástrofe foi tamanha, que o Brasil, que já foi o segundo maior exportador de cacau do mundo, ficou mais de vinte anos excluído do comércio mundial. Propriedades foram abandonadas e centenas de milhares de trabalhadores foram dispensados. Mas essa saga não termina por aí. Hoje eu vou contar para você o seu capítulo mais recente. O cacau da Bahia está de volta, mas de outra forma. Primeiro, os coronéis ficaram no passado: 80% dos produtores no sul da Bahia são pequenos e médios. Muitos deles são beneficiários da reforma agrária na região. Segundo: em grande parte, o cacau não é mais uma monocultura, mas um sistema agroflorestal chamado cabruca . Isso significa que os cacaueiros são plantados à sombra de árvores como o jequitibá-rosa e pau-brasil, ajudando assim a preservar a Mata Atlântica. Nesse episódio, eu entrevisto Thais Ferraz, diretora institucional no Instituto Arapyaú e Ricardo Gomes, gestor de projetos do instituto e, ele próprio, produtor de cacau. O instituto foi criado por Guilherme Leal, um dos fundadores da multinacional de cosméticos Natura, e é uma das organizações que têm se dedicado ao desenvolvimento da região. Nessa entrevista, Ricardo e Thais falaram sobre uma série de esforços que estão por trás do renascimento do cacau na Bahia. Tem o trabalho para estabelecer o cacau cabruca como produto premium, tem os estudos para compensar produtores pelo carbono estocado nessas cabrucas e até uma operação de crédito inovadora, que envolveu investidores e filantropia. --- Críticas? Sugestões? Escreva para: podcast@economiadofuturo.com Referências: https://www.farmerincomelab.com/sites/g/files/jydpyr621/files/2019-09/What%20Works_FINAL_9.19.pdf https://arapyau.org.br/wp-content/uploads/2021/11/viabilidade-economica-de-sistemas-produtivos-com-cacau.pdf https://arapyau.org.br/wp-content/uploads/2020/10/panorama-cacauicultura-bahia.pdf https://www.ft.com/content/648bd044-1ab3-11ea-97df-cc63de1d73f4 Support the show…
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Pessoal, eu estou passando aqui no feed de vocês para avisar que peguei um baita resfriado e decidi deixar o episódio de hoje para a semana que vem - eu não queria prejudicar a qualidade da próxima história que merece toda a minha energia. Então eu peço desculpas e a gente se vê na quinta, dia 30. Support the show…
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1 Ex-ministra Izabella Teixeira: um balanço do Brasil sete meses depois da COP26 25:36
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Esse episódio é uma conversa com Izabella Teixeira, ex-ministra no meio ambiente e integrante do movimento Uma Concertação pela Amazônia. Izabella Teixeira é uma das vozes brasileiras mais respeitadas quando o assunto é clima. Foi na gestão dela, que a Amazônia registrou redução de 80% no desmatamento e foi ela que chefiou a delegação brasileira durante as negociações para o Acordo de Paris. Nessa entrevista, ela faz um balanço dos sete meses que se passaram desde os comprometimentos do Brasil na COP26: do desmatamento crescente ao recente decreto do governo para a regulamentação do mercado de carbono. A ex-ministra também fala da imagem do Brasil nos bastidores das negociações internacionais sobre o clima. "O que eu mais ouço é a palavra dilacerador ", diz. "O mundo perdeu um líder nessa agenda." Críticas? Sugestões? Escreva para: podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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Para evitar um desastre climático, precisamos mudar a forma como produzimos, transportamos e consumimos quase tudo. Essa não é uma tarefa fácil: faz duzentos anos que a economia mundial é baseada em combustíveis fósseis. Além disso, as emissões de gases do efeito estufa, a poluição da água e os danos a espécies e para os seres humanos nem sempre entram no preço dos produtos ou no rol de responsabilidade das empresas. É isso que os economistas chamam de "externalidades" negativas. Mas calma, a boa notícia é que nunca houve tanta gente no planeta enxergando essa fase não só como um desafio, mas também como uma grande oportunidade. Aqui no Economia do Futuro eu vou entrevistar os pioneiros da nova economia: cientistas, fundadoras de startups, líderes em políticas públicas e gente de corporações. Se você quer participar da construção de um mundo mais justo e de carbono zero, esse podcast é pra você. Aqui a gente vai falar sobre política, negócios, investimentos e tecnologia de forma construtiva. Ou seja: sem catastrofismo e sem greenwashing. Meu nome é Melina Costa. Sou jornalista e moro em Berlim, na Alemanha. O meu foco vai ser a conexão entre o que está acontecendo no Brasil com o resto do mundo - porque essa crise é planetária e só será resolvida com a cooperação de muitos. Se você tiver sugestões para mim, meu email é podcast@economiadofuturo.com Support the show…
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