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Agrofloresta é um dos caminhos para reconstrução do RS, afirma ambientalista

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Para Sergio Leitão, recuperação da vegetação nativa deve unir plantio de árvores à produção agrícola

Após enfrentar chuvas extremas no mês de maio, o Rio Grande do Sul se volta à reconstrução de suas cidades com o desafio de criar estruturas e espaços mais resilientes aos episódios climáticos.

Diante desse cenário, um estudo do Instituto Escolhas – especializado em estudos para o desenvolvimento sustentável – demonstra a necessidade de se investir em sistemas agroflorestais, que conjugam o plantio de árvores nativas, frutíferas e madeireiras ao lado de produtos agrícolas. Essa combinação aumenta a capacidade de infiltração da água no solo e pode auxiliar a recuperação econômica do estado.

“Plantar florestas por meio de sistemas agroflorestais, juntando produção de alimentos com plantio de árvores, faz bem para o Brasil, para economia, o meio ambiente, é o econômico, é o ambiental, é o social, tudo junto para fazer um país melhor, com menos sofrimento, com menos eventos climáticos extremos. É isso que a gente precisa para que o país finalmente tenha consciência de que as mudanças climáticas chegaram, e a gente precisa se proteger”, afirma o ambientalista e diretor do Instituto Escolhas, Sergio Leitão.

Com vasta experiência em políticas públicas e campanhas ambientais, o pesquisador afirma que a recuperação das áreas desmatadas no estado é uma ação fundamental para prover serviços ecossistêmicos para a região, como o aumento da capacidade de infiltração da água no solo.

“Recuperar toda essa infraestrutura natural permitirá que o estado recupere exatamente essa capacidade de voltar a regular os ritmos das chuvas, a ter um processo de conservação do solo. Fazer toda uma recuperação dessa infraestrutura natural para permitir que a própria agricultura do estado possa ter forças novamente para ser uma das grandes produtoras do país”, explica Leitão.

Função esponja

De acordo com o diretor do Instituto Escolhas, apesar de não ser possível evitar toda a tragédia diante de eventos climáticos extremos, com o sistema agroflorestal, os impactos seriam reduzidos por causa da “função esponja”.

“Áreas que têm vegetação, que têm árvores, permitem que a água se infiltre e, portanto, se espalhe mais, reduza a força da inundação. Portanto, essa infraestrutura natural que só existe com vegetação precisa fazer parte das prioridades do Brasil, para fazer um país melhor, com menos sofrimento, com menos eventos climáticos extremos. E isso tudo será extremamente importante porque o Brasil precisa desesperadamente – o caso do Rio Grande do Sul está mostrando isso – cuidar daquilo que a gente nunca cuida, que é a infraestrutura natural”.

No áudio, Leitão fala ainda sobre como a recuperação de áreas devastadas, por meio de sistemas agroflorestais, pode auxiliar a economia local e remover um considerável volume de dióxido de carbono (CO²) da atmosfera. Ele também comenta como, a partir do que aconteceu no Rio Grande do Sul, o país pode confirmar a importância da recuperação de vegetação nativa, a fim de que se cumpra a meta assumida pelo Brasil no Acordo de Paris.

“Para o Brasil como um todo, se faz um grande investimento em recuperação de florestas, além dos benefícios ambientais, vai gerar benefícios econômicos muito importantes. O Brasil tem uma meta de recuperar 12 milhões de hectares de floresta, que foi assumida quando o Brasil participou da Conferência do Clima em Paris, que foi a chamada COP 15”, destaca.

Crédito da imagem: Lauro Alves – SECOM/RS

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Para Sergio Leitão, recuperação da vegetação nativa deve unir plantio de árvores à produção agrícola

Após enfrentar chuvas extremas no mês de maio, o Rio Grande do Sul se volta à reconstrução de suas cidades com o desafio de criar estruturas e espaços mais resilientes aos episódios climáticos.

Diante desse cenário, um estudo do Instituto Escolhas – especializado em estudos para o desenvolvimento sustentável – demonstra a necessidade de se investir em sistemas agroflorestais, que conjugam o plantio de árvores nativas, frutíferas e madeireiras ao lado de produtos agrícolas. Essa combinação aumenta a capacidade de infiltração da água no solo e pode auxiliar a recuperação econômica do estado.

“Plantar florestas por meio de sistemas agroflorestais, juntando produção de alimentos com plantio de árvores, faz bem para o Brasil, para economia, o meio ambiente, é o econômico, é o ambiental, é o social, tudo junto para fazer um país melhor, com menos sofrimento, com menos eventos climáticos extremos. É isso que a gente precisa para que o país finalmente tenha consciência de que as mudanças climáticas chegaram, e a gente precisa se proteger”, afirma o ambientalista e diretor do Instituto Escolhas, Sergio Leitão.

Com vasta experiência em políticas públicas e campanhas ambientais, o pesquisador afirma que a recuperação das áreas desmatadas no estado é uma ação fundamental para prover serviços ecossistêmicos para a região, como o aumento da capacidade de infiltração da água no solo.

“Recuperar toda essa infraestrutura natural permitirá que o estado recupere exatamente essa capacidade de voltar a regular os ritmos das chuvas, a ter um processo de conservação do solo. Fazer toda uma recuperação dessa infraestrutura natural para permitir que a própria agricultura do estado possa ter forças novamente para ser uma das grandes produtoras do país”, explica Leitão.

Função esponja

De acordo com o diretor do Instituto Escolhas, apesar de não ser possível evitar toda a tragédia diante de eventos climáticos extremos, com o sistema agroflorestal, os impactos seriam reduzidos por causa da “função esponja”.

“Áreas que têm vegetação, que têm árvores, permitem que a água se infiltre e, portanto, se espalhe mais, reduza a força da inundação. Portanto, essa infraestrutura natural que só existe com vegetação precisa fazer parte das prioridades do Brasil, para fazer um país melhor, com menos sofrimento, com menos eventos climáticos extremos. E isso tudo será extremamente importante porque o Brasil precisa desesperadamente – o caso do Rio Grande do Sul está mostrando isso – cuidar daquilo que a gente nunca cuida, que é a infraestrutura natural”.

No áudio, Leitão fala ainda sobre como a recuperação de áreas devastadas, por meio de sistemas agroflorestais, pode auxiliar a economia local e remover um considerável volume de dióxido de carbono (CO²) da atmosfera. Ele também comenta como, a partir do que aconteceu no Rio Grande do Sul, o país pode confirmar a importância da recuperação de vegetação nativa, a fim de que se cumpra a meta assumida pelo Brasil no Acordo de Paris.

“Para o Brasil como um todo, se faz um grande investimento em recuperação de florestas, além dos benefícios ambientais, vai gerar benefícios econômicos muito importantes. O Brasil tem uma meta de recuperar 12 milhões de hectares de floresta, que foi assumida quando o Brasil participou da Conferência do Clima em Paris, que foi a chamada COP 15”, destaca.

Crédito da imagem: Lauro Alves – SECOM/RS

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