Artwork

Content provided by Instituto Claro. All podcast content including episodes, graphics, and podcast descriptions are uploaded and provided directly by Instituto Claro or their podcast platform partner. If you believe someone is using your copyrighted work without your permission, you can follow the process outlined here https://player.fm/legal.
Player FM - Podcast App
Go offline with the Player FM app!

Legado de Frida Kahlo inspira mulheres e comunidade LGBTQIAP+ na busca por direitos

7:07
 
Share
 

Manage episode 405045129 series 3097134
Content provided by Instituto Claro. All podcast content including episodes, graphics, and podcast descriptions are uploaded and provided directly by Instituto Claro or their podcast platform partner. If you believe someone is using your copyrighted work without your permission, you can follow the process outlined here https://player.fm/legal.

Para especialista, obra da pintora mexicana denuncia a violência contra populações marginalizadas

Uma artista que retratou em sua obra o próprio sofrimento e paixões para denunciar a violência contra mulheres e minorias sociais. Esse é um aspecto que merece destaque na obra de Frida Kahlo, falecida em 13 de julho de 1954, na opinião da pós-doutora em estudos da mulher pela Univesidad Autónoma Metropolitana de Xochimilco (no México) e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC – RS) Edla Eggert.

Na entrevista para este episódio do podcast do Instituto Claro, a pesquisadora faz paralelos entre pinturas de Frida e acontecimentos que envolvem a luta por igualdade das mulheres e da comunidade LGBTQIAP+. Eggert cita o quadro “Unos cuantos piquetitos” (1935) – “Alguns pequenos cortes” –, no qual afirma ser possível discutir a violência doméstica.

“Inclusive a gente traduz isso na famosa frase, ‘Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher’. A gente transforma essa representação numa grande discussão que eleva tanto o campo jurídico ao campo sociopolítico; como é que a gente no espaço, por exemplo, onde eu trabalho, com o que eu trabalho, os espaços formais ou não-formais, ensinam essa subserviência, essa condição de naturalizar a violência”, explica.

De acordo com a pesquisadora, outra obra que se manifesta contra a violência é “O veado ferido” (1946). “Esse veado ‘sangrante’, essa violência para com toda a comunidade LGBTQIAP+. Hoje em dia tem nesse quadro uma referência muito simbólica. Então ela vai do caminho, desde a mulher morta pela tradição e violência patriarcal até chegar no ‘veadito’. Assim como tem a fraternidade tem a sororidade entre as mulheres, não mais como a disputa e sim como cumplicidades”, analisa.

Segundo Eggert, a obra de Frida Kahlo é uma forma de fortalecer espaços de fragilidade. “A forma como ela não faz o buço, ela está pouco se lixando para o formato do que é o feminino, o feminino patriarcal, o feminino do desejo do outro. A Frida é assim um ícone para as comunidades marginais [marginalizadas], porque ela vai produzindo, esteticamente, o belo de como eu me coloco com o meu corpo”, finaliza a especialista.

Crédito da imagem: Pintura a óleo de Frida Kahlo – TASCHEN

  continue reading

350 episodes

Artwork
iconShare
 
Manage episode 405045129 series 3097134
Content provided by Instituto Claro. All podcast content including episodes, graphics, and podcast descriptions are uploaded and provided directly by Instituto Claro or their podcast platform partner. If you believe someone is using your copyrighted work without your permission, you can follow the process outlined here https://player.fm/legal.

Para especialista, obra da pintora mexicana denuncia a violência contra populações marginalizadas

Uma artista que retratou em sua obra o próprio sofrimento e paixões para denunciar a violência contra mulheres e minorias sociais. Esse é um aspecto que merece destaque na obra de Frida Kahlo, falecida em 13 de julho de 1954, na opinião da pós-doutora em estudos da mulher pela Univesidad Autónoma Metropolitana de Xochimilco (no México) e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC – RS) Edla Eggert.

Na entrevista para este episódio do podcast do Instituto Claro, a pesquisadora faz paralelos entre pinturas de Frida e acontecimentos que envolvem a luta por igualdade das mulheres e da comunidade LGBTQIAP+. Eggert cita o quadro “Unos cuantos piquetitos” (1935) – “Alguns pequenos cortes” –, no qual afirma ser possível discutir a violência doméstica.

“Inclusive a gente traduz isso na famosa frase, ‘Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher’. A gente transforma essa representação numa grande discussão que eleva tanto o campo jurídico ao campo sociopolítico; como é que a gente no espaço, por exemplo, onde eu trabalho, com o que eu trabalho, os espaços formais ou não-formais, ensinam essa subserviência, essa condição de naturalizar a violência”, explica.

De acordo com a pesquisadora, outra obra que se manifesta contra a violência é “O veado ferido” (1946). “Esse veado ‘sangrante’, essa violência para com toda a comunidade LGBTQIAP+. Hoje em dia tem nesse quadro uma referência muito simbólica. Então ela vai do caminho, desde a mulher morta pela tradição e violência patriarcal até chegar no ‘veadito’. Assim como tem a fraternidade tem a sororidade entre as mulheres, não mais como a disputa e sim como cumplicidades”, analisa.

Segundo Eggert, a obra de Frida Kahlo é uma forma de fortalecer espaços de fragilidade. “A forma como ela não faz o buço, ela está pouco se lixando para o formato do que é o feminino, o feminino patriarcal, o feminino do desejo do outro. A Frida é assim um ícone para as comunidades marginais [marginalizadas], porque ela vai produzindo, esteticamente, o belo de como eu me coloco com o meu corpo”, finaliza a especialista.

Crédito da imagem: Pintura a óleo de Frida Kahlo – TASCHEN

  continue reading

350 episodes

All episodes

×
 
Loading …

Welcome to Player FM!

Player FM is scanning the web for high-quality podcasts for you to enjoy right now. It's the best podcast app and works on Android, iPhone, and the web. Signup to sync subscriptions across devices.

 

Quick Reference Guide