Burnout, semana de 4 dias e novos modelos de trabalho

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Há uma nova palavra no dicionário da saúde mental: burnout. Sabemos do que se trata? E o quanto estamos sujeitos a que nos aconteça? Vulgarmente, definimos burnout como uma situação de esgotamento mental e físico perante o trabalho ou outras esferas das nossas vidas. Mas as curvas e contracurvas traiçoeiras desta condição levam-nos, muitas vezes, a desvalorizar os primeiros sintomas: o cansaço, o sono inquieto, as dores no corpo, a ansiedade. Afinal de contas, vivemos num tempo de glorificação do trabalho e do trabalhar muito. Até a exaustão é vista como um sinal de excelência e entrega. Aurélio Gomes traz à discussão a semana dos quatro dias, que há tão pouco tempo parecia um delírio de alguns teóricos, mas que agora está mesmo a ser debatida, com Ana Moniz, psicóloga e psicoterapeuta que trabalha muito com empresas, e Rita Fontinha, professora associada na Henley Business School (no Reino Unido), especializada em recursos humanos, que fez parte de uma equipa que elaborou um relatório com os resultados de um inquérito a várias empresas sobre a semana dos quatro dias.