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Macron recebe empresários brasileiros para atrair investimentos e defende entrada do Brasil na OCDE

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Cerca de 35 empresários brasileiros foram recebidos nesta quinta-feira (12) pelo presidente Emmanuel Macron em um almoço no Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa em Paris. O maior objetivo desse encontro foi apresentar a França como uma terra de muitas oportunidades de negócios para as grandes empresas brasileiras. Na ocasião, o chefe de Estado francês apoiou a entrada do Brasil na OCDE

O ex-governador de São Paulo, João Doria, co-chairman do LIDE, grupo responsável pela organização do evento, comemorou o entusiasmo demonstrado pelo presidente Emmanuel Macron para convencer os empresários brasileiros das oportunidades no país. Ele considerou o encontro “muito construtivo” para a relação bilateral.

“Várias empresas que vieram aqui já são investidoras na França e querem ampliar (os negócios). Outras, desejam investir. O presidente Macron expôs as facilidades, as vantagens e os benefícios do ponto de vista do mercado para essas empresas”, ressaltou.

A questão ambiental do Brasil teve um lugar de destaque nas discussões. Os empresários brasileiros, questionaram Macron sobre as barreiras que existem em torno do acordo União Europeia e Mercosul, em discussão há mais de duas décadas.

A conhecida resistência da França, principalmente em relação ao impacto ambiental provocado pelo sistema de exploração do agronegócio brasileiro, é considerada um dos principais entraves para a conclusão do tratado de livre comércio. O presidente Macron se mostrou aberto ao diálogo, mas sempre colocando a questão ambiental no centro das preocupações, explica Pedro Antonio Gouvêa, presidente da Câmara de Comércio França-Brasil e também membro do grupo LIDE França.

“Nós temos que ter responsabilidade no agro, que não pode ser visto como um vilão. Eu tenho a impressão que a União Europeia já tem essa questão mais equacionada, de ter um diálogo que seja propositivo de forma que nós busquemos caminhos que sejam confortáveis para todo mundo”, afirmou Gouvêa.

Apoio para entrada na OCDE

O ex-ministro da Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, acionista da empresa BRF, uma das maiores produtoras de proteína animal do mundo, destacou o apoio do presidente francês para a entrada do Brasil na OCDE, (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), defendida também pelo grupo de empresários brasileiros presentes na reunião. “A França apoia a entrada no Brasil na OCDE. Esse foi o ganho final da nossa reunião,”, afirmou Furlan. “Quando falamos do acordo União Europeia - Mercosul ele não foi tão assertivo, mas no caso da OCDE, deu um ‘sim’ muito positivo”, contou.

Na reunião, os participantes usaram uma pulseira indígena pataxó que também foi oferecida a Macron por iniciativa do francês Alexandre Allard, que há 15 anos investe no Brasil.

Allard aconselha principalmente os empresários do agronegócio brasileiro a olhar para a França com mais ambição e até a apostar em fusões e aquisições de empresas francesas detentoras de tecnologias que podem melhorar o desempenho da atividade do setor. “O agrobusiness do Brasil tem que se regenerar totalmente e a França tem tecnologias, como a de drones e inteligência artificial, que os investidores brasileiros podem comprar para implementar no Brasil”, defende.

O setor do vestuário é um dos que mais vê perspectivas de ampliação de negócios a curto prazo. Alexandre Birman, CEO do grupo Azzas 2154, que atua no segmento de roupas e acessórios, comentou a expansão da marca Farm Rio que abriu uma loja em Paris durante os Jogos Olímpicos e realizou um showroom durante a semana de moda na capital francesa, além da expansão de lojas em Saint-Tropez e outras cidades francesas. “O objetivo é trazer todo o head quarter (sede) para ter uma estrutura mais forte da marca aqui na França”, anunciou após a reunião com Macron.

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O ex-governador de São Paulo, João Doria, co-chairman do LIDE, grupo responsável pela organização do evento, comemorou o entusiasmo demonstrado pelo presidente Emmanuel Macron para convencer os empresários brasileiros das oportunidades no país. Ele considerou o encontro “muito construtivo” para a relação bilateral.

“Várias empresas que vieram aqui já são investidoras na França e querem ampliar (os negócios). Outras, desejam investir. O presidente Macron expôs as facilidades, as vantagens e os benefícios do ponto de vista do mercado para essas empresas”, ressaltou.

A questão ambiental do Brasil teve um lugar de destaque nas discussões. Os empresários brasileiros, questionaram Macron sobre as barreiras que existem em torno do acordo União Europeia e Mercosul, em discussão há mais de duas décadas.

A conhecida resistência da França, principalmente em relação ao impacto ambiental provocado pelo sistema de exploração do agronegócio brasileiro, é considerada um dos principais entraves para a conclusão do tratado de livre comércio. O presidente Macron se mostrou aberto ao diálogo, mas sempre colocando a questão ambiental no centro das preocupações, explica Pedro Antonio Gouvêa, presidente da Câmara de Comércio França-Brasil e também membro do grupo LIDE França.

“Nós temos que ter responsabilidade no agro, que não pode ser visto como um vilão. Eu tenho a impressão que a União Europeia já tem essa questão mais equacionada, de ter um diálogo que seja propositivo de forma que nós busquemos caminhos que sejam confortáveis para todo mundo”, afirmou Gouvêa.

Apoio para entrada na OCDE

O ex-ministro da Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, acionista da empresa BRF, uma das maiores produtoras de proteína animal do mundo, destacou o apoio do presidente francês para a entrada do Brasil na OCDE, (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), defendida também pelo grupo de empresários brasileiros presentes na reunião. “A França apoia a entrada no Brasil na OCDE. Esse foi o ganho final da nossa reunião,”, afirmou Furlan. “Quando falamos do acordo União Europeia - Mercosul ele não foi tão assertivo, mas no caso da OCDE, deu um ‘sim’ muito positivo”, contou.

Na reunião, os participantes usaram uma pulseira indígena pataxó que também foi oferecida a Macron por iniciativa do francês Alexandre Allard, que há 15 anos investe no Brasil.

Allard aconselha principalmente os empresários do agronegócio brasileiro a olhar para a França com mais ambição e até a apostar em fusões e aquisições de empresas francesas detentoras de tecnologias que podem melhorar o desempenho da atividade do setor. “O agrobusiness do Brasil tem que se regenerar totalmente e a França tem tecnologias, como a de drones e inteligência artificial, que os investidores brasileiros podem comprar para implementar no Brasil”, defende.

O setor do vestuário é um dos que mais vê perspectivas de ampliação de negócios a curto prazo. Alexandre Birman, CEO do grupo Azzas 2154, que atua no segmento de roupas e acessórios, comentou a expansão da marca Farm Rio que abriu uma loja em Paris durante os Jogos Olímpicos e realizou um showroom durante a semana de moda na capital francesa, além da expansão de lojas em Saint-Tropez e outras cidades francesas. “O objetivo é trazer todo o head quarter (sede) para ter uma estrutura mais forte da marca aqui na França”, anunciou após a reunião com Macron.

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