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Raí prevê uma Olimpíada "única" e cercada de magia em Paris

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Paris já está transformada na cidade que vai acolher o mundo para os Jogos Olímpicos. O ex-jogador do PSG e da seleção brasileira Raí prevê uma Olimpíada "única", em que a paridade de homens e mulheres será celebrada como uma conquista do país anfitrião. Após nove anos de preparativos, Raí acredita que os franceses irão conseguir transmitir toda ao mundo toda magia da cidade. "Será a união de Paris, do esporte e da população com todas as nacionalidades", disse o ex-jogador em entrevista à RFI.

A uma semana da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024, Raí organizou na quinta-feira (18), com a sua Fundação Gol de Letra, o "Segundo Encontro de Inclusão Social pelo Esporte", desta vez na prestigiosa universidade Sorbonne, no centro da capital francesa. Especialistas da Austrália, do Canadá, da França e do Brasil trocaram experiências sobre políticas públicas nessa área.

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser, medalha de bronze em Atlanta (1996), e ex-ministra do Esporte, veio do Brasil para participar dos debates e compartilhar sua experiência.

A ministra francesa dos Esportes e Jogos Olímpicos, Amélie Oudéa Castera, também esteve no encontro e fez um balanço das ações do governo francês no dia em que os atletas começavam a se instalar na Vila Olímpica.

"Vamos acompanhar todas as chegadas nos próximos dias e sentir aquele ambiente extraordinário na Vila Olímpica", disse a ministra. "As infraestruturas são muito bonitas, foram construídas de acordo com os melhores padrões de sustentabilidade, com fácil acesso aos restaurantes e serviços. Nós realmente tentamos construir o melhor ambiente possível para que todos os atletas do mundo se sentissem bem", destacou Amélie Oudéa Castera.

A preparação da Olimpíada serviu de alavanca para envolver um maior número de franceses em práticas saudáveis. Segundo a ministra, o número de inscritos nos clubes esportivos aumentou 8% no ano passado. Ela espera que depois do evento, esse número ainda cresça mais 15%.

Na Sorbonne, Raí destacou a longa lista de benefícios do esporte. "O esporte, se bem organizado, não é caro e tem muitos resultados: a questão do desenvolvimento humano, da socialização, do desenvolvimento cognitivo, da melhora, por exemplo, da performance dos alunos nas escolas", citou. Na avaliação do ex-capitão do PSG, "o esporte traz benefícios múltiplos, com um custo menor do que a escola, menor às vezes que outra política de compensação para atenuar a falta de esportes para a população", destacou.

"Não senti problema colateral depois de nadar no Sena", afirma ministra francesa

A semana foi marcada pela liberação do rio Sena para mergulho, depois de vários testes revelarem que as águas estão adequadas para o banho e superarem um problema temporário de concentração de bactérias fecais. A ministra dos Jogos Olímpicos falou sobre o mergulho que deu no Sena no último sábado (14):

"Eu nadei no Sena e não senti nenhum efeito colateral depois desse mergulho. O rio está pronto e estamos muito confiantes na nossa capacidade de realizar ali todas as provas: o triatlo, a maratona de natação e depois, durante os Jogos Paralímpicos, o paratriatlo", disse Amélie Oudéa Castera à RFI.

Ela destacou que o governo francês "sente satisfação ao ver que o rio está recuperando a sua qualidade, a sua biodiversidade e pode proporcionar um ambiente fantástico para atletas de todo o mundo". De acordo com a ministra, "existe uma resiliência que permitirá o uso do Sena, mesmo se chover muito nos próximos dias". Talvez, de acordo com as análises da água, seja preciso adiar as provas por algumas horas, ponderou a ministra. Mas as soluções já teriam sido antecipadas pelos organizadores, caso surja algum risco de última hora.

Magia

Raí conhece bem os franceses e prevê uma Olimpíada cercada de magia. Ele tem a dupla nacionalidade franco-brasileira e diz estar ansioso para que a cerimônia de abertura, na sexta-feira 26 de julho, chegue logo.

"Minha expectativa aqui em Paris é que será uma Olimpíada única. É a primeira vez que tem homens e mulheres em mesmo número de atletas (no caso da delegação francesa). Será uma Olimpíada sustentável que teve poucas construções – estão usando as instalações da própria cidade ou do país, que já eram existentes. Vão usar o cenário dessa cidade maravilhosa para as provas de arco-e-flecha nos Inválidos, skate na praça da Concórdia, equitação em Versalhes", explicou o ex-jogador em tom animado. "Os franceses sempre reclamam de alguma coisa, mas vão conseguir transmitir toda essa magia: a união de Paris, com o esporte e sua população, misturada com todas as nacionalidades", ressaltou.

Ana Moser: "Delegação brasileira irá bem"

No final do encontro, falando para a RFI, Ana Moser deu seu palpite para a delegação brasileira: "Em termos de resultado, acho que o Brasil irá bem". Para a ex-campeã em Atlanta, se o Brasil mantiver a mesma posição no ranking olímpico, "já será muito bom".

Mas com a experiência de quem dedicou a vida ao esporte e chegou a ocupar a direção do ministério no Brasil – só afastada por uma pressão por cargos dentro do governo Lula –, Ana Moser lamenta que a única referência para o sucesso dos esportistas ainda sejam as medalhas e não "o número de atletas que o país tem, quantas competições promove e o número de clubes esportivos que consegue oferecer à população".

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Paris já está transformada na cidade que vai acolher o mundo para os Jogos Olímpicos. O ex-jogador do PSG e da seleção brasileira Raí prevê uma Olimpíada "única", em que a paridade de homens e mulheres será celebrada como uma conquista do país anfitrião. Após nove anos de preparativos, Raí acredita que os franceses irão conseguir transmitir toda ao mundo toda magia da cidade. "Será a união de Paris, do esporte e da população com todas as nacionalidades", disse o ex-jogador em entrevista à RFI.

A uma semana da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024, Raí organizou na quinta-feira (18), com a sua Fundação Gol de Letra, o "Segundo Encontro de Inclusão Social pelo Esporte", desta vez na prestigiosa universidade Sorbonne, no centro da capital francesa. Especialistas da Austrália, do Canadá, da França e do Brasil trocaram experiências sobre políticas públicas nessa área.

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser, medalha de bronze em Atlanta (1996), e ex-ministra do Esporte, veio do Brasil para participar dos debates e compartilhar sua experiência.

A ministra francesa dos Esportes e Jogos Olímpicos, Amélie Oudéa Castera, também esteve no encontro e fez um balanço das ações do governo francês no dia em que os atletas começavam a se instalar na Vila Olímpica.

"Vamos acompanhar todas as chegadas nos próximos dias e sentir aquele ambiente extraordinário na Vila Olímpica", disse a ministra. "As infraestruturas são muito bonitas, foram construídas de acordo com os melhores padrões de sustentabilidade, com fácil acesso aos restaurantes e serviços. Nós realmente tentamos construir o melhor ambiente possível para que todos os atletas do mundo se sentissem bem", destacou Amélie Oudéa Castera.

A preparação da Olimpíada serviu de alavanca para envolver um maior número de franceses em práticas saudáveis. Segundo a ministra, o número de inscritos nos clubes esportivos aumentou 8% no ano passado. Ela espera que depois do evento, esse número ainda cresça mais 15%.

Na Sorbonne, Raí destacou a longa lista de benefícios do esporte. "O esporte, se bem organizado, não é caro e tem muitos resultados: a questão do desenvolvimento humano, da socialização, do desenvolvimento cognitivo, da melhora, por exemplo, da performance dos alunos nas escolas", citou. Na avaliação do ex-capitão do PSG, "o esporte traz benefícios múltiplos, com um custo menor do que a escola, menor às vezes que outra política de compensação para atenuar a falta de esportes para a população", destacou.

"Não senti problema colateral depois de nadar no Sena", afirma ministra francesa

A semana foi marcada pela liberação do rio Sena para mergulho, depois de vários testes revelarem que as águas estão adequadas para o banho e superarem um problema temporário de concentração de bactérias fecais. A ministra dos Jogos Olímpicos falou sobre o mergulho que deu no Sena no último sábado (14):

"Eu nadei no Sena e não senti nenhum efeito colateral depois desse mergulho. O rio está pronto e estamos muito confiantes na nossa capacidade de realizar ali todas as provas: o triatlo, a maratona de natação e depois, durante os Jogos Paralímpicos, o paratriatlo", disse Amélie Oudéa Castera à RFI.

Ela destacou que o governo francês "sente satisfação ao ver que o rio está recuperando a sua qualidade, a sua biodiversidade e pode proporcionar um ambiente fantástico para atletas de todo o mundo". De acordo com a ministra, "existe uma resiliência que permitirá o uso do Sena, mesmo se chover muito nos próximos dias". Talvez, de acordo com as análises da água, seja preciso adiar as provas por algumas horas, ponderou a ministra. Mas as soluções já teriam sido antecipadas pelos organizadores, caso surja algum risco de última hora.

Magia

Raí conhece bem os franceses e prevê uma Olimpíada cercada de magia. Ele tem a dupla nacionalidade franco-brasileira e diz estar ansioso para que a cerimônia de abertura, na sexta-feira 26 de julho, chegue logo.

"Minha expectativa aqui em Paris é que será uma Olimpíada única. É a primeira vez que tem homens e mulheres em mesmo número de atletas (no caso da delegação francesa). Será uma Olimpíada sustentável que teve poucas construções – estão usando as instalações da própria cidade ou do país, que já eram existentes. Vão usar o cenário dessa cidade maravilhosa para as provas de arco-e-flecha nos Inválidos, skate na praça da Concórdia, equitação em Versalhes", explicou o ex-jogador em tom animado. "Os franceses sempre reclamam de alguma coisa, mas vão conseguir transmitir toda essa magia: a união de Paris, com o esporte e sua população, misturada com todas as nacionalidades", ressaltou.

Ana Moser: "Delegação brasileira irá bem"

No final do encontro, falando para a RFI, Ana Moser deu seu palpite para a delegação brasileira: "Em termos de resultado, acho que o Brasil irá bem". Para a ex-campeã em Atlanta, se o Brasil mantiver a mesma posição no ranking olímpico, "já será muito bom".

Mas com a experiência de quem dedicou a vida ao esporte e chegou a ocupar a direção do ministério no Brasil – só afastada por uma pressão por cargos dentro do governo Lula –, Ana Moser lamenta que a única referência para o sucesso dos esportistas ainda sejam as medalhas e não "o número de atletas que o país tem, quantas competições promove e o número de clubes esportivos que consegue oferecer à população".

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