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"Pigalle": bairro lendário de Paris inspira segundo livro do cineasta André Bushatsky

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Os encantos do bairro onde ficam o cabaré Le Moulin Rouge, belas escadarias que levam à igreja Sacre Coeur, dezenas de ruas e praças imortalizadas em quadros de pintores e filmes de diretores famosos, inspiram o segundo livro do cineasta e roteirista paulista André Bushatsky, intitulado "Pigalle".

Tudo partiu de um acaso. André Bushatsky tinha vários filmes para finalizar quando a mulher dele, Carla, recebeu um convite para trabalhar em Paris. Quando começaram a pesquisar um lugar para morar, surgiu uma oportunidade em Pigalle, o icônico bairro do norte da capital francesa, vizinho de Montmartre.

Em entrevista à RFI, André conta que fazia algum tempo que estava com vontade de escrever um segundo livro, depois de ter publicado o romance "Moridea", que faz parte do universo da literatura fantástica. "Nossa, uma aventura em Paris, é agora", recorda. "Eu estava com vários filmes para terminar, para finalizar, como 'Brasileiríssima' e 'No outro encontro você', entre outros trabalhos. Mas eu disse: é agora, na cidade dos escritores, da arte, que vou fazer meu segundo livro. Vai dar certo", lembra. E veio a pandemia.

No início, quando chegou a Paris, o paulista não tinha um tema definido. Mas quando instalou as malas em Pigalle e veio o confinamento, ele passou a sair diariamente para caminhar ou correr durante uma hora, o tempo que era autorizado pelas autoridades. Mesmo com o tempo contado, a observação do bairro, a farta história do lugar e de seus personagens foi enriquecendo o imaginário do escritor. Os vizinhos, os locais retratados por pintores e diretores famosos, como Toulouse-Lautrec, Picasso, Van Gogh, Salvador Dalí, François Truffaut e tantos outros, as boulangeries (padarias) e restaurantes que pouco a pouco foram reabrindo, criaram a atmosfera que André buscava para seus contos, algumas brincadeiras, e páginas de ficção.

"Uma experiência de vida"

"O livro é sobre essa experiência de vida em que, ao mesmo tempo que a gente estava vendo uma catástrofe no mundo, foi uma coisa muito reveladora. Eu e a minha esposa, a gente se conectou ainda mais, então teve todo um lado de amor, carinho pela cidade, de familiaridade que também despertou, e esse momento artístico de poder extravasar o que estava acontecendo ao meu redor", explica.

Estar em Paris deu a André a oportunidade de pesquisar a cultura francesa. "Falo muito no livro de liberdade, igualdade e fraternidade (lema da Revolução Francesa, hoje inscrito na Constituição)", conta. Ele também fala que sempre gostou muito de mitologia grega. "Então, tento misturar várias questões para trazer isso para algum dos contos. Ao mesmo tempo, como cineasta, falo do Woody Allen, de Hitchcock e Truffaut", destaca.

Lançado em 20 de junho, "Pigalle" é um lançamento do selo Faria e Silva do grupo editorial Alta Books.

O cineasta, roteirista e escritor se dedica, atualmente, a outro projeto na França. André Bushatsky está rodando um filme com o Comitê Paralímpico Brasileiro sobre o futebol de cegos e um segundo documentário sobre atletismo de alto rendimento paralímpico.

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Tudo partiu de um acaso. André Bushatsky tinha vários filmes para finalizar quando a mulher dele, Carla, recebeu um convite para trabalhar em Paris. Quando começaram a pesquisar um lugar para morar, surgiu uma oportunidade em Pigalle, o icônico bairro do norte da capital francesa, vizinho de Montmartre.

Em entrevista à RFI, André conta que fazia algum tempo que estava com vontade de escrever um segundo livro, depois de ter publicado o romance "Moridea", que faz parte do universo da literatura fantástica. "Nossa, uma aventura em Paris, é agora", recorda. "Eu estava com vários filmes para terminar, para finalizar, como 'Brasileiríssima' e 'No outro encontro você', entre outros trabalhos. Mas eu disse: é agora, na cidade dos escritores, da arte, que vou fazer meu segundo livro. Vai dar certo", lembra. E veio a pandemia.

No início, quando chegou a Paris, o paulista não tinha um tema definido. Mas quando instalou as malas em Pigalle e veio o confinamento, ele passou a sair diariamente para caminhar ou correr durante uma hora, o tempo que era autorizado pelas autoridades. Mesmo com o tempo contado, a observação do bairro, a farta história do lugar e de seus personagens foi enriquecendo o imaginário do escritor. Os vizinhos, os locais retratados por pintores e diretores famosos, como Toulouse-Lautrec, Picasso, Van Gogh, Salvador Dalí, François Truffaut e tantos outros, as boulangeries (padarias) e restaurantes que pouco a pouco foram reabrindo, criaram a atmosfera que André buscava para seus contos, algumas brincadeiras, e páginas de ficção.

"Uma experiência de vida"

"O livro é sobre essa experiência de vida em que, ao mesmo tempo que a gente estava vendo uma catástrofe no mundo, foi uma coisa muito reveladora. Eu e a minha esposa, a gente se conectou ainda mais, então teve todo um lado de amor, carinho pela cidade, de familiaridade que também despertou, e esse momento artístico de poder extravasar o que estava acontecendo ao meu redor", explica.

Estar em Paris deu a André a oportunidade de pesquisar a cultura francesa. "Falo muito no livro de liberdade, igualdade e fraternidade (lema da Revolução Francesa, hoje inscrito na Constituição)", conta. Ele também fala que sempre gostou muito de mitologia grega. "Então, tento misturar várias questões para trazer isso para algum dos contos. Ao mesmo tempo, como cineasta, falo do Woody Allen, de Hitchcock e Truffaut", destaca.

Lançado em 20 de junho, "Pigalle" é um lançamento do selo Faria e Silva do grupo editorial Alta Books.

O cineasta, roteirista e escritor se dedica, atualmente, a outro projeto na França. André Bushatsky está rodando um filme com o Comitê Paralímpico Brasileiro sobre o futebol de cegos e um segundo documentário sobre atletismo de alto rendimento paralímpico.

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