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O Genocídio no Congo Belga: Parte 2 #31

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No início do século 20, a atual República Democrática do Congo era propriedade privada do rei belga Leopoldo II. Todos os lucros da região oriundo do trabalho forçado de congolenses através da extração de borracha possibilitaram que o rei construísse diversos palácios pessoais e obras públicas por toda Bélgica.

As atrocidades cometidas pelo exército de Leopoldo, Force Publique já eram reportadas por jornalistas e missionários por mais de duas décadas, através de relatos, fotos e testemunhos, mas desmerecidas pelo rei e seus apoiadores como notícias falsas que queriam atrapalhar seu "trabalho humanitário". Diversos jornalistas e missionários, ao levantar a voz contra o rei foram ostracizados, boicotados e tiveram suas carreiras manchadas para sempre.

Para silenciar as críticas, Leopoldo tornou a Bélgica sede da Exposição Universal de 1897, onde criou um museu para exibir os tesouros coloniais do Congo, além de congolenses capturados e trazidos pela Bélgica. Alguns congoleses foram vendidos para "zoológicos humanos" nos EUA e França. O Museu Real da África Central, construído para sediar a Exposição Universal, existe até hoje em Tervuren, com um extenso inventário congolês.

Em 1900, jornalistas formaram a Associação de Reforma do Congo, que pretendia encerrar as atrocidades de Leopoldo através de palestras, comícios, panfletos, revistas e fotografias. A associação teve a participação de pessoas notáveis como do escritor Mark Twain, Arthur Conan Doyle (criador do Sherlock Holmes) Booker T. Washington e Bertrand Russell.

De 1877 - 1906, estima-se que mais de 10 milhões de congolenses morreram sob o sistema de Leopoldo. Contudo, o que repercutia na Bélgica eram as relações amorosas do rei, que com 65 anos tinha uma nova amante de 16 anos, Caroline Delacroix.

Que final teve Leopoldo e o que ocorreu com o Congo durante o resto do século 20? Descubra na última parte do Genocídio Belga do Congo do Geo

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No início do século 20, a atual República Democrática do Congo era propriedade privada do rei belga Leopoldo II. Todos os lucros da região oriundo do trabalho forçado de congolenses através da extração de borracha possibilitaram que o rei construísse diversos palácios pessoais e obras públicas por toda Bélgica.

As atrocidades cometidas pelo exército de Leopoldo, Force Publique já eram reportadas por jornalistas e missionários por mais de duas décadas, através de relatos, fotos e testemunhos, mas desmerecidas pelo rei e seus apoiadores como notícias falsas que queriam atrapalhar seu "trabalho humanitário". Diversos jornalistas e missionários, ao levantar a voz contra o rei foram ostracizados, boicotados e tiveram suas carreiras manchadas para sempre.

Para silenciar as críticas, Leopoldo tornou a Bélgica sede da Exposição Universal de 1897, onde criou um museu para exibir os tesouros coloniais do Congo, além de congolenses capturados e trazidos pela Bélgica. Alguns congoleses foram vendidos para "zoológicos humanos" nos EUA e França. O Museu Real da África Central, construído para sediar a Exposição Universal, existe até hoje em Tervuren, com um extenso inventário congolês.

Em 1900, jornalistas formaram a Associação de Reforma do Congo, que pretendia encerrar as atrocidades de Leopoldo através de palestras, comícios, panfletos, revistas e fotografias. A associação teve a participação de pessoas notáveis como do escritor Mark Twain, Arthur Conan Doyle (criador do Sherlock Holmes) Booker T. Washington e Bertrand Russell.

De 1877 - 1906, estima-se que mais de 10 milhões de congolenses morreram sob o sistema de Leopoldo. Contudo, o que repercutia na Bélgica eram as relações amorosas do rei, que com 65 anos tinha uma nova amante de 16 anos, Caroline Delacroix.

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